Foto: Mateus Bruxel
Diego Aguirre, escute a voz da torcida: não cometa mais a desfaçatez de escalar o Inter para um jogo decisivo com três volantes e Valdívia no banco. Se havia alguma dúvida de que esse esquema covarde não funciona, ela foi desfeita na tarde deste domingo na Arena, no Gre-Nal 405.
No primeiro tempo, fomos encurralados pelo Grêmio, erramos na marcação e só não levamos um gol pela ineficiência do ataque tricolor. No segundo, o Grêmio foi amassado e teve até um zagueiro expulso devido à sagacidade do "Pokopica". Foi um passeio vermelho.
Com Valdívia em campo, o Inter foi envolvente, objetivo, rápido e acumulou chances claras nos 45 minutos finais. A bola não entrou porque brilhou a estrela de Marcelo Grohe - justiça seja feita, é um grande goleiro, mas vai encerrar a carreira sem títulos se continuar no Humaitá... Está evidente que, com Valdíva, o Internacional é muito superior ao Grêmio e à maioria das equipes brasileiras. É a hora de dar a moral que o garoto merece, fixá-lo no time titular e deixar ele brilhar.
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Valdívia aparece pelas pontas, faz triangulações no meio e empurra o time para frente com sua velocidade e empolgação. Aránguiz, D'Alessandro, Geferson e Nilmar crescem de produção, pois têm uma parceria para tabelar e arriscar jogadas. Já com Nico Freitas, o meio-campo colorado torna-se previsível, amarrado, fácil de ser marcado. Não há mais algum argumento para defender a escalação com três volantes e somente um meia.
Além de não dar a sustentação defensiva imaginada, Nico Freitas ao lado de Rodrigo Dourado e Aránguiz chama o time adversário para dentro da área do Inter. É uma lição básica do futebol: quem entra para se defender, perde. Com a qualidade ofensiva disponível hoje no Beira-Rio, a maior desde 2006 na minha opinião, o time tem de atuar com ganas de ser campeão e empurrar o rival, correr, criar, infernizar a zaga adversária.
Mais do que levar uma interessante vantagem para o Beira-Rio no próximo domingo, o empate em 0 a 0 de hoje nos deu uma valiosa lição preventiva para o duríssimo confronto contra o Atlético-MG pela Libertadores. Se Aguirre entrar com a mesma formação do primeiro tempo em Minas Gerais, a derrota é certa. Se tiver a ousadia que acompanha os grandes vencedores, crescem as chances de buscar o tricampeonato.
PS.: Valdívia no banco me lembrou Pato na reserva de Michel, em 2007, e Damião na de Alecsandro, no Mundial de 2010.
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