sábado, 2 de novembro de 2019
Igreja Livre: Olhai os Lírios do campo... Meditação em Lc 12. 22-31.
Boa madrugada amados. Essa semana recebi uma noticia não muito agradável. Estou demitido, cumprindo aviso prévio. Fiquei triste, não por medo de passar necessidades, mas por gostar de trabalhar nessa empresa. A alguns dias atrás eu estava meditando no evangelho de Lucas e pensando como a igreja de hoje distanciou-se do evangelho de Cristo. O Senhor Deus não nos criou para sermos miseráveis. Mas também não nos moldou no ventre de nossa mãe, para que a nossa ocupação nesta vida seja pensar como ganhar mais e mais dinheiro. Na nossa caminhada cristã é preciso chegarmos a um equilíbrio sobre o uso que fazemos do dinheiro. Ele é necessário. Mas não pode ser o foco das nossas ansiedades. Nesta passagem do evangelho de Lucas o Senhor Jesus fala de modo claro onde deve estar nosso foco. Nas coisas do Espírito. Nas coisas que vêm do alto. E isso não é uma apologia da pobreza, porque segundo a vontade de Deus, não haveriam pobres. Mas também não haveriam ricos. A discrepância, o desequilíbrio entre pobres e ricos, não nasceu da vontade de Deus e sim da vontade da carne. O ser humano se servindo de sua livre escolha decidiu acumular. Decidiu vender caro o que produz. Decidiu se apropriar de latifúndios. Infelizmente nosso mundo tem recursos limitados. Se alguém tem demais, vai faltar para outro alguém. E isso não é discurso esquerdista, nem comunista. Deus me livre. É a vontade de Deus, que não é respeitada pelo homem. Vivemos em nosso país uma crise que vem de cima para baixo. Nossos governantes como um todo são patrocinadores dessa crise. Quem não roubou fez que não viu. Hoje a tarde vi na tv um programa evangélico onde o pregador passou o tempo todo palestrando sobre a importância de ganhar dinheiro. Como barganhar com Deus através dos dízimos e ofertas. O que sustenta essa "obra" não é o evangelho de Cristo. Pode ser bíblico, mas não é Cristão. No evangelho de Cristo ninguém passa fome, sede ou frio. No evangelho de Cristo nada sobra pra ninguém. Quem tem duas túnicas da uma pra quem não tem. E foi para isso que Cristo deixou sua Igreja. Infelizmente sua Igreja não tem feito 100% sua parte. Se multiplicam os desempregados em nosso país, e não é porque não queiram trabalhar. É porque não tem. Está faltando trabalho no mercado. Confiemos em Cristo e façamos nossa parte e tudo ficará bem. Amém.
Máquina do Tempo: Crise nas Infinitas Terras - Hora de salvar as terras
Nesta segunda parte, vamos ver como os heróis tentavam salvar desesperadamente as terras remanescentes, de como passado, presente e futuro se uniam em diversas épocas deixando tudo e todos desesperados e sem saber como reagir. Aqui podem ler a primeira parte, relembrando o porquê da necessidade de existir ma Crise nas Infinitas Terras.
Depois do Monitor explicar aos heróis que foram convocados o problema do multiverso e da ameaça do anti-monitor, eles começam a ser separados em pequenos grupos e a irem tentar proteger as diferentes máquinas que iriam ajudar a salvar as terras. Mas os números e a força dos demónios sombra era demasiado, nem sempre as coisas corriam bem e começaram a aparecer as primeiras baixas e universos e suas terras continuaram a ser eliminados.
A onda de anti matéria fazia com que acontecessem coisas estranhas, um bando de mamutes do passado poderia aparecer no Século XXX e atrapalhar a vida da Legião de Super Heróis por exemplo. Começávamos a ver nas sombras o trabalho do Anti Monitor, que acabou por controlar uma clone da Percrusora e fazer com que ela matasse o seu mentor, mas este já previa isso e fez com que a sua morte despoletasse a energia para as suas máquinas e proteger alguns universos e algumas terras, mas propriamente a Terra 1, 2, S, X e 4.
Essas 5 terras ficaram assim alinhadas muito próximas umas das outras, separadas por pequenas vibrações que quando não corriam bem davam azo a grandes confusões entre os diferentes planetas.
A arte de Pérez foi uma das maiores armas desta saga, a forma como ele conseguia retratar diversos heróis num só painel tornava tudo mais entusiasmante, para além de podermos encontrar heróis de todas as fases da DC, desde os futuristas Legionários aos cowboys do Faroeste, e até um rapaz pré histórico do início de tudo.
No Brasil a editora Abril tentava mostrar a saga da melhor forma possível, os números da série principal eram espalhadas pelas diversas revistas, assim como os crossovers relacionados com isto. Foi um daqueles trabalhos que mostrava como era importante ter a cronologia acertada, coisa um pouco complicada por causa da revista dos Novos Titãs, que ia um pouco mais avançada.
Foram também publicadas algumas histórias de personagens que nem sempre eram editados no Brasil, o que ajudou a que muitos (como eu) que não conheciam bem o universo, ficassem um pouco confusos.
Alguns dos capítulos mais interessantes vinham das páginas da Corporação Infinito, que tinha um certo Todd McFarlane na arte e que na altura apresentava um traço um pouco diferente do actual, mas com um gosto pela experimentação, especialmente no layout dos quadradinhos.
Em Superamigos era a tropa dos Lanternas Verdes que ganhava destaque, ali víamos pormenores sobre as trocas entre lanternas como Stewart, Guy ou Hal (na altura sem anel), para além do destaque de outros lanternas de renome, que morreram ali naquelas páginas como tantos outros morreram na saga principal.
Voltando à saga principal, lida-se com a morte do Monitor e com a mudança do Pirata Psiquíco para o lado do Anti-Monitor, o que complicou muito a vida para os que lutavam pelo bem, já que ele controlava as emoções de tal forma que fazia herói enfrentar herói, muitas vezes quase até à morte.
Os vilões tinham grande destaque nesta saga, Pérez sabia capitalizar isso e mostrava bons planos que nos fazia quase torcer por eles, de tão "cool" que eles pareciam. Brainiac (versão robô) e Luthor (quase super vilão) começavam a aparecer um pouco mais, tentando dominar os outros e aproveitar a confusão de tudo aquilo que se passava ao redor.
Entretanto vimos pela primeira vez o Anti Monitor, naquele que foi um dos momentos de menor climax da série, depois de tanta coisa para encobrir a sua imagem, confesso que fiquei um pouco desiludido com o design final do vilão. Mas pronto, o seu poder e a sua maldade ajudavam a encobrir um pouco aquilo, adoro como ele obriga o Pirata Psíquico a controlar o Flash, o Tornado Vermelho e obrigar eles a fazerem coisas contra a sua própria vontade, mas ao mesmo tempo o coloca para controlar os milhões de pessoas das outras terras, algo que provou ser demasiado para o vilão.
No lado dos heróis, vemos uma mega reunião no Satélite do Monitor, convocados por Harbinger e o Alexander Luthor da Terra 3, aquele que tinha sido salvo em bebé pelo Monitor e que tinha crescido exponencialmente em pouco tempo. A página dupla que mostra todos os heróis (e alguns vilões) juntos é de tirar o fôlego, a atenção dada aos pormenores e o tentarmos acertar quem é quem é mais forte que nós.
A confusão de herói não reconhecer herói dentro desse satélite mostra bem como eram as coisas, e pior era quando esses heróis eram versões diferentes de um só herói. Na revista Infinity Inc,, isso é bem abordado, afinal era a revista que mostrava os netos, filhos e sucessores de outros heróis bem conhecidos e acontece até uma luta muito forte devido ao ressurgimento de um dos heróis que tinha ali uma versão mais nova a continuar o seu legado.
Depois existiam aqueles heróis como os comprados a outra editora, vimos numa terra como viviam em harmonia o Besouro Azul, Pacificador, Judomaster entre outros, assim como existia uma terra para os da Fawcett, onde habitava o Capitão Marvel (Shazam) e toda a sua família.
Há momentos de convívio entre heróis desconhecidos de terras diferentes bem engraçados, como quando os Novos Titãs encontram a Família Marvel. Outro bom momento são os dois Super Homens com a Lois Lane da Terra Um, e aí nota-se como Perez fazia bem as coisas e fazia questão de diferenciar os dois heróis.
Como não conhecia bem o universo da DC, gostei bastante de ver ali alguns heróis que me pareciam bem interessantes. Dos que gostei mais eram os de origem mística, foram muito bem apresentados por Pérez e foram alguns dos mais esforçados para que tudo corresse bem. Todos tinham o seu lugar ao sol, nem que fosse num simples quadrado, mas tudo de uma forma fluida e que não diminuía em nada o ritmo da história.
Com a destruição do satélite do Monitor e o "sacrifício" da Percrusora, os heróis ficam inspirados com isso e é formada uma pequena equipa que viaja até ao universo de anti matéria para levar a batalha a casa do anti monitor. Lady Quark, Super-Homem da Terra Um e o da Terra Dois também, Besouro Azul, Capitao Marvel, Supermoça, Caçador de marte, Tio Sam, Espectro, Deadman, Vingador Fantasma, Nuclear, Mulher Maravilha e mais uns tantos.
Mas será que isso vai ser suficiente? No próximo artigo vamos descobrir, assim como perceber melhor o impacto que esta saga teve devido às mortes importantes que aconteceram nesses últimos números.
Clicar para aumentar e ver em pormenor
Podem ler a primeira parte neste link:Crise nas Infinitas Terras - No começo eram muitas
Postado por Gaucho Negro às 15:27 Nenhum comentário:
Máquina do Tempo: Crise nas Infinitas Terras - No começo eram muitas
Foi a primeira grande saga dos comics, Crise nas Infinitas Terras tinha como intento comemorar os 50 anos da DC e ao mesmo tempo resolver os problemas de cronologia e continuidade que assolavam a companhia. Estreou em Abril de 1985 e se prolongou por 12 edições, fora as edições mensais que estavam ligadas de forma directa ou indirecta, acabando a Março de 1986 e dando origem a um novo Universo DC.
Vou começar um texto com um aparte pessoal, eu era um "marvete" nos anos 80, já tinha lido aqui e ali edições da distinta concorrência e apesar de gostar de algumas histórias do Batman e da Liga da Justiça, eram as do Homem-Aranha, Vingadores, Homem de Ferro, Punho de Ferro, Mestre do Kung-fu e afins que mereciam a minha preferência. Mas um dia deram para a minha mão um Superamigos, o número 24, e fiquei completamente vidrado com aquilo que acontecia naquelas páginas, aquela saga onde heróis estavam a lutar contra um inimigo tão poderoso que os conseguia matar era demais para o meu coração jovem. Comecei assim a seguir com mais atenção as revistas da DC e por isso tenho sempre um carinho muito especial por esta saga.
Painel antes de Crisis
Esta pequena explicação serve ao mesmo tempo para mostrar o porquê da criação desta maxi-série, a cronologia da DC era um pouco confusa e afastava alguns novos leitores, com as várias versões dos mesmos heróis vivendo em várias terras diferentes. Vendo a concorrente Marvel a ganhar cada vez mais espaço no mercado, não foi por isso de estranhar que quem estivesse no poder da DC, achasse que era altura de grandes mudanças, e que melhor altura para isso do que no 50º aniversário da companhia?
Tanto a presidente Jennete Khan como os vice presidentes Dick Giordano e Paul Levitz. percebiam a importância e a necessidade de acontecer algo do género, Nas reuniões efectuadas escolheram a equipa criativa que ficaria à frente do evento, assim como ficaria definido que heróis poderiam morrer e quais sofreriam mudanças no final disto tudo. O escritor Marv Wolfman e o artista George Pérez, responsáveis pela revista dos Novos Titãs que vinha tendo muito sucesso, foram os escolhidos pelos responsáveis da DC, com o veterano Len Wein como editor da série. Giordano seria responsável pela arte-final, mas devido às suas outras funções a dada altura isso passou para Jerry Ordway.
Como sagas envolvendo todo um universo era algo de novo, os editores tiveram a difícil tarefa de fazer com que os escritores das várias revistas respeitassem o que ia acontecer. Num memorando enviado para todos, foi pedido para que usassem pelo menos duas vezes num ano a personagem do Monitor, o mesmo não deveria aparecer mas ser mencionado e representado de alguma forma. Maior parte dos autores optaram por aparições sombrias e dando a ideia de que aquela personagem seria um vilão, quer pelo texto quer pela forma como ele (não) era retratado.
Revistas como All Star Squadron, New Teen Titans, Firestorm e tantos outros seguiram isso à letra, muitas vezes mostrando vilões que pelos vistos recebiam as suas armas desse misterioso monitor. Foi essa a forma encontrada pelos autores e logicamente seguindo a ideia que já estava delineada por Wolfman. O autor foi a escolha certa para esta empreitada, ele era um ávido crítico dos problemas criados pelo Multiverso da DC, recordando que aquilo que havia começado como um sonho (a história Flash of Two Worlds), tinha se tornado um pesadelo por causa de escritores que usaram e abusaram desse conceito.
A história que mostrou o encontro entre os dois Flashs, e cimentou o conhecimento de existirem duas terras com os seus respectivos heróis, foi aquilo que despoletou o conceito do multiverso. Começaram a aparecer cada vez mais terras, a própria companhia incentivava isso, colocando heróis que tinha comprado de outras editoras em terras próprias, que por vezes se cruzavam com os da terra principal.
Para a história de Crisis, Wolfman usou conceitos que tinha de uma personagem que tinha idealizado há muitos anos, que colectava informação sobre todos os heróis e que se chamava o Bibliotecário, Mudando o nome para Monitor, mas mantendo algumas das características, estava assim encontrado aquele que viria a ser um dos principais rostos do que viria por aí.
Nascido na lua de OA, o Monitor apareceu logo após o big bang despoletado pela ânsia de conhecimento do alien Krona, que fez inadvertidamente com que fosse criado um universo positivo, e outro para contra balançar, um universo de anti-matéria que tinha um mundo quase igual a OA, chamado Qward, e na lua desse planeta nasceu o Anti-Monitor, o grande vilão que vinha assim balançar o poder do universo.
Os dois "irmãos" iram "acordar" quando o cientista Kell Mossa tenta testemunhar a criação do universo, fechando-se numa sala de anti-matéria rejeitando de forma arrogante os apelos de todos que o rodeavam e avisaram dos perigos que isso podia causar. Mossa aparentemente ajuda a que o Anti-Monitor comece a sua missão de destruir os diversos universos, lançando uma nuvem de anti-matéria que começou por destruir o próprio mundo do cientista, que é salvo pelo enigmático Monitor.
Ficando com o nome de Pária, ele é forçado a teleportar-se de mundo para mundo, de dimensão para dimensão, assistindo sem hipótese de fazer algo contra isso à destruição desses universos. Foi assim que o começamos a ver, sempre a chorar por ser o causador daquilo tudo mas que não podia fazer nada para o impedir, Encontramos universos conhecidos, como o que continha a versão maligna da Liga da Justiça, e víamos estes desaparecerem sem se perceber o porquê. Na terra três vemos ser salvo o Alexander Luthor, ainda um bebé e que é colocado dentro de um foguete (ah a ironia), que mais tarde viria a revelar-se um dos elementos mais importantes da história.
Por outro lado, começava-se a ver mais do monitor e da sua ajudante, a Harbinger (Precursora) que tinha alguns poderes (voava e podia multiplicar-se) e ajudou o monitor a colocar o seu plano em prática e a juntar diversos heróis de diversas terras no seu satélite. Foi com essa imagem icónica, como só Perez poderia retratar, que começou a sério a aventura que nos iria apaixonar a todos.
Arion, Blue Beetle, Cyborg, Dawnstar, Doctor Polaris Firebrand, Firestorm, Geo-Force, Green Lantern (John Stewart), Killer Frost, Obsidian, Psimon, Psycho-Pirate, Solovar e Superman (Earth-Two) apareciam assim juntos no mesmo espaço. Heróis e vilões de diversas terras, uns nem se conheciam, outros já se tinham cruzado, e todos com alguma importância para o que viria acontecer.
Mas isso fica para a segunda parte destes artigos a comemorar o aniversário deste mega evento.
Para quem gostar de viagens ao passado pode sempre visitar o meu outro blog, Ainda sou do tempo.
Grandes coleções Marvel e DC no Brasil
Por Marcus Ramone
Data: 19 maio, 2015
Os super-heróis das duas maiores editoras de quadrinhos do mundo têm uma rica participação na história do colecionismo brasileiro. Conheça um pouco dessa trajetória.
O Brasil é um dos maiores consumidores de quadrinhos e produtos diversos dos personagens das editoras Marvel e DC Comics, em todo o mundo.
Essa apaixonada relação com as turmas do Homem-Aranha e do Superman começou em 1937, quando o gibi Mirim, publicado por Adolfo Aizen, passou a publicar as aventuras do detetive durão Slam Bradley (criado por Jerry Siegel e Joe Shuster), da então National Comics, futura DC.
Desde então, centenas de coleções – dentre gibis, brinquedos e as mais diversas memorabilias – foram lançadas para suprir o desejo das legiões de crianças, jovens e adultos definitivamente marcados por esses heróis fantasiados.
Confira agora algumas das coleções Marvel e DC que fizeram a cabeça dos fãs brasileiros nas últimas sete décadas.
Gibis promocionais dos postos Shell
Em julho de 1967, a Ebal – Editora Brasil-Américatrouxe pela primeira vez os super-heróis Marvel para o País, realizando com a rede Shell de postos de gasolina uma promoção que distribuía gratuitamente uma coleção composta por três gibis.
Os títulos foram lançados na onda do programa infantil Super-Heróis Shell, exibido pela TV Bandeirantes, que apresentava os desenhos animados de alguns personagens da Marvel.
Capitão Z, apresentando Homem de Ferro e Capitão América; Superxis, com as aventuras de Namor e Hulk; e Álbum Gigante, estrelado pelo Thor, chegaram com páginas em preto e branco e quase do tamanho do atual formato americano.
Todos os títulos estampavam o número zero na capa e, a partir do mês seguinte, passaram a ser vendidos normalmente nas bancas.
Em 2007, na edição especial Marvel – 40 anos de Brasil, a Panini ofereceu de brinde o fac-símile deCapitão Z – Dois Super-Heróis Shell – Homem de Ferro & Capitão América.
Bonecos Marvel da Atma
Na esteira dos gibis que acabavam de chegar, a Atma lançou em 1967 uma série de bonecos de plástico duro da Marvel.
Medindo cerca de 15 cm, Homem-Aranha, Thor, Capitão América, Homem de Ferro, Namor e Hulk eram monocromáticos e sem articulações. Mas quem se importava com isso?
Bonecos Gulliver Marvel e DC
Esses são os mais lembrados pelos saudosistas e viraram objeto de adoração dos colecionadores, apesar de toscos.
Lançados pela Gulliver em 1973, também eram feitos de plástico duro e sem pontos de articulação, mas pintados à mão e com bases removíveis (o que era uma maravilha para dar mais realidade à brincadeira).
No final da década de 1970, uma nova série chegou às lojas, dessa vez com base fixa, pintada à mão e feita em vinil, um plástico mais flexível.
Os bonecos foram fabricados até meados da década de 1980, já melhor pintados e esculpidos.
O interessante é que, no meio dessas versões, também eram produzidas as de plástico duro com apenas uma cor e vendidas por um preço mais acessível. Chegou até a ser relançada, em 1998.
Com 12 cm de altura, Batman, Superman, Capitão Marvel, Robin, Mulher-Maravilha, Pinguim, Coringa, Capitão América, Namor, Falcão, Duende Verde, Hulk, Homem-Aranha e outros personagens faziam parte dessa imensa galeria da Gulliver.
Figurinhas de chicle de bola
Foi em 1979 que os chicles de bola Ping-Pong lançaram uma série que vinha com figurinhas dos super-heróis Marvel e DC.
Eram 36 cromos, cada um apresentando um personagem.
Alguns deles ainda tinham o nome original em inglês, já que nem haviam sido publicados no Brasil.
Também era curioso o nome do Motoqueiro-Fantasma, chamado de Fantasma-Voador.
Homem-Aranha, Batman, Superman, Pantera Negra, Miss Marvel, Hulk, Coisa, Surfista Prateado, Robin, Mulher-Maraviha e muitos outros estavam na lista das figurinhas.
Tampas de margarina
Nunca foi tão gostoso comer pão com margarina quanto em 1980.
Naquele ano, a Delícia Cremosa lançou uma coleção de 25 tampas que traziam diversas imagens dos super-heróis da DC (coincidentemente, as iniciais do nome da margarina), destacando a trindade Superman, Batman e Mulher-Maravilha, dentre outros personagens.
Já a Doriana revidou colocando nas prateleiras dos supermercados os potes de margarina com tampas estreladas pelos heróis da Marvel.
O problema para a garotada era completar todas essas coleções. As crianças da época costumavam fazer de tudo para acabar a margarina em poucos dias, somente para forçar as mães a comprar mais potes.
E não valia levar somente um para casa.
Veículos super-heroicos
Quem não se lembra das motos, lanchas e carros com super-heróis da DC e da Marvel que aGulliver começou a lançar em 1973?
O batmóvel e a batlancha tinham o mesmo visual de suas contrapartes do famoso seriado de TV do Batman, exibido na década anterior, e vinham com bonecos do Cavaleiro das Trevas e de seu fielsidekick Robin.
Nos anos seguintes, eles foram reeditados, com algumas modificações no look e nos bonecos.
Ainda na década de 1970, vieram as motos, movidas a fricção, pilotadas por Batman, Robin, Batgirl e Mulher-Maravilha, além de outras – também lançadas no início da década de 1980 -, com Homem-Aranha, Capitão América, Homem de Ferro e Hulk.
Essas duas duplas de super-heróis da Marvel também estrelaram sua própria série de carros, assim como Batgirl e Mulher-Maravilha, da DC.
Os bonecos que vinham nesses automóveis eram os mesmos das motos. Por isso, tinham as mãos fechadas, com um espaço entre os dedos para encaixar os guidões e não seguravam os volantes dos carros.
E a coisa não parou por aí. Ainda teve batcóptero, batplano, avião da Mulher-Maravilha e do Robin, além de helicóptero e lancha do Homem-Aranha e do Capitão América.
Realmente, os super-heróis não tinham problemas de transporte, naqueles tempos.
Dicionário
Entre 1983 e 1985, a Editora Abril publicou o interessante Dicionário Marvel.
Encartadas nas revistas mensais dos super-heróis, as páginas traziam as imagens dos rostos de (quase) todos os personagens da Marvel, acompanhadas das respectivas biografias – comumente curtas, mas às vezes longas, quando se tratava de detalhar as histórias dos maiorais, como o Homem-Aranha.
Ao todo, foram 258 páginas muito disputadas pelos leitores.
Nem todo mundo teve condições de completar o dicionário. Por isso mesmo, ter a coleção na íntegra é, atualmente, um privilégio de poucos.
Hoje, uma iniciativa desse tipo seria impensável, com tantas reviravoltas na biografia dos personagens e um insistente “morre e ressuscita” que não acaba mais.
Chaveiros Marvel e DC
Os gibis de super-heróis da Abril trouxeram de brinde, em março de 1985, uma coleção composta por oito chaveiros.
Medindo pouco mais de cinco centímetros de altura, eles eram feitos em plástico dourado e apresentavam, em corpo inteiro, Superman, Homem-Aranha, Batman, Capitão América, Mulher-Maravilha, Hulk, Surfista Prateado e Homem de Ferro.
A Panini Comics também lançou uma coleção de chaveiros. Foi em 2008 e era oferecida de brinde nas edições de linha da DC.
Feitos em metal, traziam os emblemas de Superman, Batman (em duas versões), Capitão Marvel, Lanterna Verde, Robin, Flash e Mulher-Maravilha.
Tatuagens removíveis
Em 1986, uma coleção de tatuagens removíveis coloridas vinha de brinde nos gibis Marvel e DC daAbril.
Traziam Conan, Homem de Ferro, Homem-Aranha, Hulk, Superman, Batman, Arqueiro Verde e outros.
O material era de boa qualidade. As tatuagens duravam dias no corpo e não saíam fácil no banho, desde que ninguém passasse sabonete no local.
Bonecos Secret Wars e Super Powers
A Gulliver lançou, em 1986, a linha de bonecos articulados Secret Wars, baseada na minissérie em quadrinhos homônima da Marvel. E a Estrela atacou de Super Powers, com os personagens da DC.
Secret Wars trazia Hulk, Homem de Ferro, Capitão America, Demolidor, Doutor Destino, Homem-Aranha (nos uniformes tradicional e negro) e muitos outros em cartelas que continham, cada uma, um escudo holográfico com a imagem do herói ou do vilão, uma base para fixar a figura de ação em pé, uma arma e um gibizinho que continha uma HQ curta e a ficha técnica do respectivo personagem.
A série tinha até cenários esdrúxulos, como os castelos do Homem-Aranha e do Doutor Destino, e veículos como o “cicloturbo” do Capitão América.
Já Super Powers era considerada bem melhor que a coleção concorrente.
Os bonecos da DC tinham mais articulações e se movimentavam quando pressionados em certos pontos. O velocista Flash, por exemplo, podia simular uma correria com os movimentos das pernas e dos braços.
Alguns vinham com acessórios, como o tridente do Aquaman. E o vilão Darkseid tinha olhos que brilhavam.
Também vinha com um minigibi em cada cartela, com HQs e informações sobre o personagem.
Dentre os super-heróis e vilões da linha, estavam Superman, Batman, Robin, Lanterna Verde Hal Jordan, Arqueiro Verde, Capitão Marvel, Pinguim, Coringa, Lex Luthor e outros.
Álbuns de figurinhas
A Editora Abril lançou alguns dos mais inesquecíveis álbuns de figurinhas dos super-heróis Marvel eDC.
Começando em 1984, com Super-Heróis em Ação, que trazia capa e cromos desenhados por José Luis García-López, com direito a figuras metalizadas e uma galeria com os personagens em versões infantis.
Tinha Superman, Capitão Marvel, Batman, Lanterna Verde, Dr. Silvana, Coringa, Mulher-Gato e diversos outros heróis e vilões da DC, em figurinhas de vários tamanhos.
E em 1986, foi a vez de Homem-Aranha, Capitão América, Hulk e companhia chegarem ao público, com Heróis Marvel em Ação.
O estilo editorial era parecido com o de Super-heróis em Ação e ainda trazia um pôster duplo de brinde.
Outros dois álbuns merecem ser lembrados. Eles não eram comprados avulsos, mas distribuídos nos gibis.
Secret Wars, da Marvel, também foi lançado em 1986. Vinha de brinde na primeira edição da minissérie Guerras Secretas, junto a algumas figurinhas. No decorrer da minissérie, o restante dos cromos seguia em cada edição.
Era em formatinho e as figuras só podiam ser coladas em uma das extremidades, pois nos espaços reservados a elas estavam impressos textos sobre o personagem em questão.
Antes disso, o Álbum de Super-Heróis Marvel, de 1981, foi quem abriu as portas.
Na época, figurinhas e livro ilustrado acompanharam algumas edições de Capitão América e Heróis da TV, então os únicos gibis da Marvel publicados pela Abril.
Graphic Marvel
Gibis de super-heróis em formato magazine, papel de luxo e periodicidade regular? Os anos 1990 começaram mesmo muito bem para os fãs da “Casa das Ideias”.
Lançada pela Abril ainda em 1990, Graphic Marvel foi publicada até 1993, compondo uma coleção formada por 17 edições, trazendo algumas HQs que se tornaram clássicas.
Começou com Hulk e o Coisa e terminou com Vingadores – A Gruta: armadilha mortal, apresentando nessa trajetória as celebradas X-Men – A vingança do Monolito Vivo, Surfista Prateado – Os escravistas, Doutor Estranho e Doutor Destino – Tormento e Triunfo e mais edições de qualidade indiscutível, estreladas por Homem-Aranha, Justiceiro e outros personagens.
Grandes Encontros Marvel & DC
Os primeiros crossovers entre os super-heróis das duas maiores editoras de quadrinhos dos Estados Unidos chegaram ao Brasil na década de 1970, em edições especiais gigantes da Ebal.
Mas a Abril, que já havia publicado alguns deles, juntou todos na coleção Grandes Encontros Marvel & DC, que chegou às bancas em 1993.
Foram quatro edições que dispensam comentários: Super-Homem x Homem-Aranha, X-Men x Novos Titãs, Super-Homem x Homem-Aranha # 2 e Batman x Hulk.
Card game
Lançada em 1999, pela Abril, a coleção de cards Arquivos Secretos vinha de brinde nos gibis de super-heróis da editora, não só os da Marvel e DC, mas também da Image Comics.
No estilo do clássico Supertrunfo, os 77 cartões traziam heróis e vilões – com um breve histórico de cada um – detalhados em níveis de força, inteligência, velocidade, tecnologia, liderança e agilidade.
Para começar a disputa, bastava aos jogadores comparar esses níveis e ganhar ou perder cartas.
Livros gigantes da DC
Entre 1999 e 2007, foi lançada uma coleção de livros gigantes, com roteiro de Paul Dini e a arte realista de Alex Ross, que traziam contos ilustrados protagonizados por alguns dos principais personagens da DC.
Super-Homem – Paz na Terra (1999), Batman – Guerra ao crime (2000), Mulher-Maravilha – O espírito da verdade (2002) e Shazam – O poder da esperança (2000) foram publicados no Brasil pelaEditora Abril.
E LJA – Liberdade e Justiça (2004) e LJA – Origens secretas (2007) chegaram ao País pela Panini.
Belas no visual e extraordinárias no conteúdo editorial, algumas dessas edições ganharam prêmios no Brasil e em outros países. A coleção é daquele tipo que merece estar em destaque na estante da sala para fazer bonito com as visitas.
A Panini compilou todos os livros na edição em capa dura Os maiores super-heróis do mundo, publicada em 2008, trazendo de bônus esboços e um pôster exclusivo.
Baralhos Marvel
Daquelas memorabilias que não servem apenas para ficar guardadas e ser apreciadas, mas sim usadas diversas vezes, os baralhos Marvel foram lançados pela Panini, em 2006.
Eram dois maços e duas caixas para acondicioná-los, que vinham distribuídos nas revistas mensais dos heróis da “Casa das Ideias”.
Além da diversão do jogo, o barato era curtir as imagens dos diversos super-heróis e vilões, no traço de diferentes artistas.
Homem-Aranha – Grandes Desafios
Com seis edições, em formato americano e apresentando algumas das melhores minisséries e arcos de histórias da vida editorial do Homem-Aranha, a coleção Grandes Desafios foi publicada em 2007, pela Panini.
Tormento e a primeira Saga do Clone foram dois dos grandes destaques da coleção, que trazia de brinde em cada volume um fac-símile de uma edição antiga do título original norte-americano do escalador de paredes.
Isso incluiu um clássico escrito por Stan Lee e desenhado por Steve Ditko: o primeiro confronto entre Homem-Aranha e Lagarto.
Coleção DC 70 Anos
Lançada em 2008, pela Panini.
Superman, Lanterna Verde, Mulher-Maravilha, Flash, Liga da Justiça e Batman estrelaram, cada um, sua própria edição desta bela série que reuniu as melhores histórias dos maiores personagens da DC Comics, em comemoração aos 70 anos da editora norte-americana.
Em formato americano e com cerca de 200 páginas, cada volume oferecia de brinde um bottomestampando o símbolo do personagem da vez, formando uma coleção dentro da outra.
Capa dura
Uma coleção composta por 60 edições em capa dura e formato americano, com edições lançadas quinzenalmentee trazendo os mais consagrados arcos, minisséries e sagas do Universo Marvel. A editora Salvat ofereceu isso aos fãs dos super-heróis Marvel em 2013, com a Coleção Oficial de Graphic Novels da Marvel.
As lombadas das edições de luxo, ao serem perfiladas, formam um grande painel desenhado pelo ilustrador italiano Gabrielle Dell’Otto. Ou seja, um detalhe para o qual todo colecionador – compulsivo ou não – sempre atenta, a fim de não perder nenhum volume da série.
Com o sucesso, o Salvat lançou uma segundo coleção neste ano, chamada Os Heróis Mais Poderosos da Marvel.
As coleções ainda estão em curso.
Estatuetas
As estatuetas dos heróis Marvel e DC, um privilégio que parecia sempre mais acessível aos colecionadores dos Estados Unidos, também chegaram ao Brasil. E à venda nas bancas de revistas.
Graças à Eaglemoss, que lançou a Coleção de Miniaturas Marvel (2012) e a DC Comics – Coleção Super-Heróis (2013), com peças de metal esculpidas e pintadas à mão, apresentando dezenas de personagens das duas editoras, dentre heróis e vilões.
Cada estatueta chegou acompanhada de uma revista informativa sobre o personagem da vez.
Ambas as coleções continuam disponíveis também por meio de assinatura.
E tudo isso ainda é pouco diante de tantos artigos colecionáveis da Marvel e da DC no Brasil, não registrados nesta matéria.
Marcus Ramone colocava seus bonecos Marvel e DC, da Gulliver, para brigar com os da linha Falcon, da Estrela. Os barbudos apanhavam feio.
• Outros artigos escritos por Marcus Ramone
Fonte: http://www.universohq.com/materias/grandes-colecoes-marvel-e-dc-no-brasil/
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