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Nota: Este artigo é sobre uma banda brasileira. Para o aviador alemão, veja Manfred von Richthofen. Para o filme sobre o aviador, veja Der Rote Baron.
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Barão Vermelho
Informação geral
Origem Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
País Brasil
Gênero(s) Rock brasileiro, hard rock, rock and roll, blues-rock, pop rock, blues
Período em atividade 1981 - 2001
2004 - 2007
2012 - 2013
2017 - atualmente
Gravadora(s) Opus Columbia, RGE Discos, Som Livre, WEA Discos e Warner Music Brasil
Integrantes Rodrigo Suricato
Fernando Magalhães
Guto Goffi
Maurício Barros
Marcio Alencar
Ex-integrantes Cazuza †
Peninha †
Roberto Frejat
Dé Palmeira
Dadi Carvalho
Rodrigo Santos
Sergio Serra
Página oficial www.barao.com.br
Barão Vermelho é uma banda de rock brasileiro fundada em 1981, na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. Juntamente com Legião Urbana, Paralamas do Sucesso e os Titãs é considerada uma das quatro bandas brasileiras mais influentes fundadas na década de 1980.
Índice
1História
1.1O Começo (1981-1982)
1.2Barão Vermelho e Barão Vermelho 2 (1982-1984)
1.3Maior Abandonado e Rock In Rio (1984-1985)
1.4Sem Cazuza e Volta ao Sucesso (1985-2001)
1.5Retorno (2004-2007)
1.630 Anos de Carreira, turnê comemorativa e a morte de Peninha (2012-2016)
1.7Retorno sem Frejat (2017-atualmente)
2Cinema
3Discografia
3.1DVDs
4Integrantes
4.1Formação Original (1981 - 1985)
4.2Formação atual
4.3Músico de apoio
4.4Ex-integrantes
4.5Linha do Tempo
5Bibliografia
6Referências
7Ligações externas
História[editar | editar código-fonte]
O Começo (1981-1982)[editar | editar código-fonte]
Após assistirem a um show da banda Queen no Morumbi, em São Paulo, surgiu o desejo em Guto Goffi (Flávio Augusto Goffi Marquesini), bateria, e Maurício Barros (Maurício Carvalho de Barros), teclado, de 19 e 17 anos de idade respectivamente, de formar uma banda de rock. Em outubro de 1981, os dois estudantes do Colégio da Imaculada Conceição, no Rio de Janeiro, escolheram o nome: Guto sugeriu e Maurício concordou que a banda usaria o codinome do aviador alemão Manfred von Richthofen, principal inimigo dos Aliados na Primeira Guerra: Barão Vermelho. Dias depois, a dupla se uniu a Dé (André Palmeira Cunha), baixo, e Frejat (Roberto Frejat), guitarra. Os ensaios ocorriam sempre na casa dos pais de Maurício e, como a banda ainda não tinha vocalista, através de uma amiga de escola, Guto conseguiu contato com um vocalista chamado Léo Guanabara (que veio a ser conhecido como Leo Jaime). No entanto, seu timbre da voz foi considerado suave demais para o rock da banda, fazendo com que seus integrantes não o aprovassem. Leo Jaime não se aborreceu com isso, pois já integrava três bandas (entre elas João Penca e Seus Miquinhos Amestrados), e indicou Cazuza (Agenor de Miranda Araújo Neto). O Barão Vermelho então estava completo.
Barão Vermelho e Barão Vermelho 2 (1982-1984)[editar | editar código-fonte]
Em 1982, o som do Barão Vermelho, lançado nas lojas dia 27 de setembro, se espalhou um pouco e agradou muito o produtor Ezequiel Neves (José Ezequiel Moreira Neves, jornalista) e o diretor da Som Livre, Guto Graça Mello. Juntos, eles lançaram a banda e, com uma produção baratíssima, em quatro dias, foi gravado o primeiro álbum do Barão: "Barão Vermelho". Das músicas mais importantes, destacam-se "Bilhetinho Azul", "Todo Amor Que Houver Nessa Vida", "Ponto Fraco" e "Down Em Mim". Depois de alguns shows no Rio de Janeiro e em São Paulo, a banda voltou ao estúdio, agora por um mês inteiro, e gravou o LP "Barão Vermelho 2", lançado em 1983.
Maior Abandonado e Rock In Rio (1984-1985)[editar | editar código-fonte]
Embora o quinteto pudesse ser promissor, as rádios não pensavam assim, e se negavam a tocar suas músicas. Só depois que Ney Matogrosso gravou "Pro Dia Nascer Feliz", é que as rádios passam a tocar a versão original do Barão Vermelho. Nessa mesma época, Caetano Veloso reconheceu Cazuza como um grande poeta e incluiu a música "Todo amor que houver nessa vida" no repertório do seu show. A banda começou a ter o destaque que merecia, a repercussão foi tanta, que eles foram convidados para compor a trilha sonora do filme Bete Balanço, de Lael Rodrigues, em 1984, e o seu som se espalhou pelo Brasil. Aproveitando o embalo, o grupo lançou o terceiro disco, Maior Abandonado, em 1984, conseguindo vender mais de 100 mil cópias em apenas seis meses.
Em 1984, o Barão Vermelho tocou com a Orquestra Sinfônica Brasileira, e em 1985, foi convidado para abrir os shows internacionais do Rock in Rio. Depois de tanto sucesso, estava claro para todos que a carreira da banda estava consolidada.
Sem Cazuza e Volta ao Sucesso (1985-2001)[editar | editar código-fonte]
Cazuza já havia expressado o seu desejo de fazer trabalhos solo, e era apoiado por Frejat, contanto que, para isso, ele não abandonasse a banda. A saída, no entanto, anunciada primeiramente ao público no final de um show, foi conturbada, causando uma ruptura na forte amizade que unia Cazuza e Frejat e que só veio a ser reconciliada anos depois. Com a saída, Cazuza ainda levou consigo algumas músicas para o seu primeiro disco solo. A banda superou, lançando a música "Torre de Babel", agora com Frejat no vocal.
Em 1986, lançaram o quarto disco —"Declare Guerra"— e, embora as composições contassem com a ajuda de grandes nomes, como Renato Russo e Arnaldo Antunes, o álbum não foi muito promovido (até mesmo porque Cazuza era filho do presidente da Som Livre, o que gerava conflito de interesses nos bastidores, ainda que não da parte dos músicos). A banda então, sentindo-se abandonada, assinou um contrato com a Warner e, em 1987, lançou o álbum Rock'n Geral, que contava com a participação mais ativa dos outros membros nas composições. Embora o disco tenha recebido boas críticas, ele não vendeu mais que 15 mil cópias. No mesmo ano, Maurício deixou a banda, e entraram o guitarrista Fernando Magalhães e o percussionista Peninha.
Somente com três dos integrantes originais, a banda lançou, em 1988, o disco Carnaval, misturando rock pesado e letras românticas. O álbum estourou nas rádios por conta da música "Pense e Dance", da novela "Vale Tudo", de Gilberto Braga, e foi um sucesso absoluto, garantindo ao Barão Vermelho a oportunidade de abrir a turnê de Rod Stewart no Brasil. No ano seguinte, 1989, ainda com a popularidade em alta, o Barão lançou o sétimo disco Barão ao Vivo, gravado em São Paulo, e, nesse mesmo ano, a gravadora Som Livre lançou a coletânea "Os melhores momentos de Cazuza e o Barão Vermelho", incluindo vários sucessos como "Pro dia nascer feliz", "Bete Balanço" e muitas outras. Esse álbum tem ainda várias raridades como a música "Eclipse Oculto" (inédita) e "Eu queria ter uma bomba", música que só era encontrada na trilha nacional da novela "A gata comeu", exibida em 1985.
Em 1990, depois de constantes desentendimentos, o baixista Dé abandonou a banda, dando lugar a Dadi, ex integrante dos "Novos Baianos" e do "A Cor do Som". Ao mesmo tempo, Maurício Barros regressa aos teclados da banda. Também nesse ano, o Barão grava o disco Na Calada da Noite, mostrando o lado mais acústico do grupo. É nesse álbum que está a música "O Poeta está Vivo"; uma alusão a Cazuza, que morreria alguns meses depois de complicações causada pelo vírus da AIDS.
Ainda em 1990, todos os integrantes da banda são apontados como os melhores de suas categorias, e em 1991, a banda é escolhida, por unanimidade de público e crítica da revista Bizz, como a melhor banda do ano. Em 91 e 92, o Barão Vermelho recebe o Prêmio Sharp de melhor conjunto de rock, e, ainda em 92, são eleitos como a melhor banda do Hollywood Rockdaquele ano. O baixista Dadi foi então substituído por Rodrigo Santos.
Em 2001, após apresentar-se no Rock in Rio 3 Por Um Mundo Melhor, os integrantes resolveram dar uma "pausa" na banda a fim de desenvolverem projetos pessoais.
Retorno (2004-2007)[editar | editar código-fonte]
Barão Vermelho 2017 - Foto: Luís Parente
No ano de 2004, o Barão Vermelho se reuniu novamente e lançou um álbum homônimo, com o puro rock'n'roll do início da carreira, incluindo "hits" como "Cuidado" e "A Chave da Porta da Frente".
Em agosto de 2005, a banda gravou o primeiro DVD da carreira. Gravado no Circo Voador, o MTV ao vivo - Barão Vermelho teve alguns sucessos como a inédita "O Nosso Mundo" e a regravação de "Codinome Beija-Flor", com a inclusão da voz de Cazuza pelo telão do show. O álbum fez sucesso e garantiu mais um disco de ouro à banda.
Após uma turnê de 2 anos, no dia 12 de janeiro de 2007, a banda faz seu último show no Rio de Janeiro, antes de nova parada "de férias" - a segunda na década. Seus integrantes passaram a dedicar-se a projetos solo. Antes da segunda parada, a banda lançou um livro sobre sua carreira e do DVD com o histórico show no Rock in Rio I.
30 Anos de Carreira, turnê comemorativa e a morte de Peninha (2012-2016)[editar | editar código-fonte]
Em 2012, Frejat e Rodrigo Santos confirmaram através de entrevistas e nas redes sociais o segundo retorno da banda após 5 anos. A reunião foi uma comemoração pelos 30 anos de carreira do grupo e do lançamento do primeiro disco. Além das comemorações com uma turnê durante seis meses[1], ocorreu o relançamento do álbum Barão Vermelho, gravado em 1982, remixado e remasterizado, com faixas bônus, raridades e uma música inédita[2]. O show contava com o baixista Dé Palmeira como convidado especial. Estavam previstos nessa época um novo show em parceria com a MTV Brasil, com transmissão ao vivo direto da Praia do Arpoador, no Rio de Janeiro[3] e um documentário, contando a história do grupo, algo que não aconteceu. Após esses eventos, a banda entrou novamente em recesso, a partir de março de 2013, sem previsão de volta.
Três anos após a última reunião, no dia 19 de setembro de 2016, o percussionista Peninha faleceu vítima de uma hemorragia estomacal[4]. O músico estava internado no Hospital da Lagoa, zona sul do Rio de Janeiro desde o início do mês com problemas digestivos[5].
Retorno sem Frejat (2017-atualmente)[editar | editar código-fonte]
Em 17 de janeiro de 2017 a banda anunciou retorno oficial aos palcos, porém, sem a participação de Roberto Frejat. Em seu lugar, entra o cantor e guitarrista Rodrigo Nogueira, também conhecido como Rodrigo Suricato, líder da banda Suricato, revelada no talent show Superstar, da Rede Globo, em 2014. Frejat também declarou que atualmente não têm interesses profissionais com o grupo e que pretendia se reunir com o Barão quando a banda completasse 40 anos de existência em 2021, mas isso não estava nos planos dos outros integrantes, que decidiram voltar aos palcos com o novo vocalista. A banda também lançou o documentário planejado em 2013, intitulado Porque a gente é assim, dirigido pela cineasta Mini Kerti. O longa metragem fecha o ciclo de Frejat no grupo. Em novembro de 2017, o baixista e ocasional vocalista Rodrigo Santos deixa a banda para se dedicar exclusivamente aos seus projetos pessoais.[6]
Cinema[editar | editar código-fonte]
O Barão teve uma participação no cinema em 1984 com o filme Bete Balanço, onde Cazuza (ainda vocalista na época) compôs a música tema do filme, ambos fazendo o papel de si mesmos, e Cazuza interpretando Tininho, um compositor.
Discografia[editar | editar código-fonte]
Álbuns de estúdio
Barão Vermelho (1982)
Barão Vermelho 2 (1983)
Maior Abandonado (1984)
Declare Guerra (1986)
Rock'n Geral (1987)
Carnaval (1988)
Na Calada da Noite (1990)
Supermercados da Vida (1992)
Carne Crua (1994)
Álbum (1996)
Puro Êxtase (1998)
Barão Vermelho (2004)
Barão Pra Sempre (2018)[7]
Álbuns ao vivo
Barão ao Vivo (1989)
Acústico MTV (1991)
Barão Vermelho ao Vivo (1992)
Barão Vermelho ao Vivo + Remixes (1996)
Balada MTV (1999)
MTV ao Vivo (2005)
Rock in Rio 1985 (2007)
Coletâneas
Melhores Momentos: Cazuza & Barão Vermelho (1989)
Pedra, Flor e Espinho (2002)
DVDs[editar | editar código-fonte]
1999 - Balada MTV
1991 - Acústico MTV
2005 - MTV ao Vivo (DVD)
2006 - Box MTV Barão Vermelho (caixa com 3 DVDs)
2007 - Rock in Rio 1985 (DVD)
Integrantes[editar | editar código-fonte]
Formação Original (1981 - 1985)[editar | editar código-fonte]
Cazuza — Vocal
Guto Goffi — bateria e percussão
Roberto Frejat — guitarra
Dé — baixo
Maurício Barros — teclados
Formação atual[editar | editar código-fonte]
Guto Goffi — bateria (desde 1981) e percussão (1981-1989; desde 2013)
Maurício Barros — teclado e vocais de apoio (1981-1987; desde 1991), baixo, guitarras e violões ocasionais (desde 2017)
Fernando Magalhães — guitarras e vocais de apoio (desde 1986; entre 1986 e 1989 participava nos discos e nas turnês), baixo ocasional (desde (2017)
Rodrigo Suricato — vocais principais, guitarras e violões (desde 2017)
Músico de apoio[editar | editar código-fonte]
Márcio Alencar — baixo (desde 2017)[8]
Ex-integrantes[editar | editar código-fonte]
Cazuza — vocais principais - Nos discos Barão Vermelho, Barão Vermelho 2, Maior Abandonado e Ao Vivo no Rock in Rio I (1981-1985)
Dé — baixo e vocais de apoio - Nos discos Barão Vermelho, Barão Vermelho 2, Maior Abandonado, Ao Vivo no Rock in Rio I, Declare Guerra, Rock n' Geral, Carnaval e Barão Ao Vivo (1981-1990)
Sergio Serra — guitarra - Participou de vários shows do grupo (Circo Voador, Morro da Urca) e aparições televisivas (Raul Gil, Flavio Cavalcante), além de ter participado da gravação de "Manhã Sem Sono" (Barão Vermelho 2) e parceria com Frejat na música "Tua Canção" do album Na Calada Da Noite. (1981-1982)
Dadi Carvalho — baixo - No Disco Na Calada da Noite (1990-1992)
Peninha — percussão - Nos discos Carnaval[9], Barão ao Vivo, Na Calada da Noite, Supermercados da Vida, Carne Crua, Álbum, Puro Êxtase, Balada MTV, Barão Vermelho e MTV ao Vivo (1986-2013, também participava nos discos e nas turnês entre 1986 e 1989, faleceu em 19 de setembro de 2016 de hemorragia digestiva aos 66 anos no Hospital da Lagoa, na Zona Sul do Rio de Janeiro)[10]
Roberto Frejat — guitarras, violões e vocais (de apoio: 1981-1985, principais: 1985-2017) - Presente em toda discografia do grupo. (1981-2017)
Rodrigo Santos — baixo e vocais de apoio (1992-2017)[11], vocais principais ocasionais (2017) - Nos discos Supermercados da Vida, Carne Crua, Álbum, Puro Êxtase, Balada MTV, Barão Vermelho, MTV ao Vivo e no single Brasil, regravação da música de Cazuza.[12]
Linha do Tempo[editar | editar código-fonte]
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
Barão Vermelho - Por que a Gente É Assim, de Guto Goffi, Ezequiel Neves e Rodrigo Pinto, Editora Globo, 2007
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