terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Ídolos colorados: Iarley






 
Mundial Interclubes  © 2006
O antropólogo Roberto DaMatta tem uma visão utópica e, até certo ponto, romântica do futebol. Para ele, dentro das quatro linhas, o esporte retrata o ideal democrático que um país como o Brasil deve buscar. Durante aqueles 90 minutos, não importa a cor, as origens, tampouco a condição financeira de todos os envolvidos no universo daquela disputa; o que realmente adquire significado é a capacidade do jogador em trabalhar pelo coletivo – e aqui, creio eu, não nos referimos apenas aos 22 atletas em campo, mas também aos torcedores das equipes envolvidas.
Roberto afirma ainda que fenômeno parecido e dessa dimensão talvez só tenha ocorrido no jazz de um Estados Unidos, na época, completamente segregado. Ali, negros e mestiços deixaram de ser híbridos e passaram a ter voz e, sobretudo, influência. Dessa forma, o maior mérito deste esporte é nos mostrar que assim como não vencemos sempre, não sairemos sempre derrotados: a dualidade entre vencer e ser derrotado é tão imprevisível como as duas faces de uma moeda. E, claro, o mundo é tão inconstante quanto uma bola rolando.
Hoje, Iarley é provavelmente um dos jogadores que melhor pode simbolizar esse ideal de coletividade. Prova disso é que o grande lance de sua carreira não está entre os inúmeros gols que marcou, mas sim em um passe para um companheiro que, até instantes antes de receber aquela bola, tinha o peso do mundo em suas costas.
Em entrevista ao Impedimento, o cearense de Quixeramobim relembra o início nos gramados, a marcante passagem pelo Boca Juniors e o encontro com Maradona, os grandes jogos pelo Paysandu e, claro, um certo jogo em dezembro de 2006. Em determinado momento, Iarley também não esconde a emoção ao relembrar sua saída do clube gaúcho. Confira abaixo:
Tu lembra do seu primeiro contato com uma bola de futebol?
Lembro dos tempos de colégio. Levava uma bola dentro da mochila e depois da aula, antes de ir para a casa, brincávamos ali mesmo. Tinha um campinho perto do colégio. Era algo que fazia parte da nossa rotina. Toda minha infância foi estudando e jogando bola, só fazia isso (risos).
Você nasceu em Quixeramobim, interior do Ceará. Como foi o início da sua carreira?
Foi difícil, mas tranquilo. Já conhecia Fortaleza, passava minhas férias aqui. Antes de ir para o Ferroviário, morei um tempo no Ceará. Ainda faltavam alguns meses para terminar os estudos e estava de férias. Isso em 1991. Voltei para Quixeramobim para os meus pais assinarem a autorização para que pudesse jogar e terminar o colégio em Fortaleza, mas minha mãe não deixou. Ela queria que eu terminasse os estudos em Quixeramobim. Mais tarde, quando fui passar férias na casa dos meus familiares, o meu tio que era gerente da antiga Reffsa (extinta Rede Ferroviário Federal S.A), onde a maioria era torcedor do Ferroviário, ligou para um diretor do clube. Ele veio correndo com uma ficha e no outro dia eu já estava treinando.

Então foi no Ferroviário que você começou definitivamente?
Sim. Em 1994 ingressei no profissional. Só que não tive muitas oportunidades, era um time muito forte. Tinha Batistinha, Cícero Ramalho, Acácio… Eu era um garoto novo e tinha que esperar minha vez, só que eu era muito impossível (risos). Não parava quieto. Cheguei para falar com o presidente, mas soube que o Dr. Walmir Araújo (presidente do Quixadá) estava por lá. Pedi para que ele me contratasse. Fui a revelação do Campeonato Cearense e um grupo de empresários acabou comprando meu passe.
Você não teve o mesmo “sucesso” durante sua passagem pela Europa. O que tu acha que faltou para estourar por lá?
Foram problemas extra campo. Eu era uma das grandes promessas do futebol espanhol naquela época, mas existiram problemas envolvendo meus empresários, em termos de valores mesmo. Existiam clubes grandes querendo comprar meu passe. Mas, cara, rolaram muitos problemas. Problemas de todo o tipo, questões de passaporte, contratos, enfim, diversos empecilhos. Então tomei a decisão de vir embora. Quando retornei, estava bem consciente, tranquilo, de começar de novo. Recomecei minha carreira e tinha a convicção de que poderia fazer coisas ainda muito importantes no futebol. Como a chance de jogar no Ceará, meu clube do coração. Hoje, acho que o não “dar certo” na Espanha acabou sendo fundamental para o que veio posteriormente em minha carreira.
E como foi vestir a camisa 10 de um clube como o Boca Juniors?
No momento em que cheguei na Argentina, vindo do Paysandu, era um jogador desconhecido. E o Bianchi, naquela semana de treino, estava definindo a numeração dos jogadores. Ele me chamou em um canto e disse: “Vou te dar a camisa 10 do Boca”. Um tempo depois, fiquei sabendo que ele se surpreendeu com minha reação; eu respondi algo como “Tudo bem! Beleza, tranquilo”. Mas foi natural, ainda não tinha a real noção do que significava a camisa 10 para eles. Lógico, eu sabia que o Maradona a tinha vestido, mas não tinha a verdadeira dimensão de toda essa representatividade. Pelo número, eu acreditava que era “só” a camisa que o Maradona tinha vestido, assim como o Pelé vestiu a 10 do Santos e, depois, todo mundo começou a vestir. Só que lá a ênfase dada a toda esta, digamos, simbologia é bem maior que por aqui. É algo “santo”, uma verdadeira loucura. Tanto que no início ouvi inúmeros debates do tipo “Por que um brasileiro está vestindo a 10 e não Tévez?”. Mas a partir do momento em que fui atuando, fui jogando bem, essa desconfiança foi sumindo e fui muito bem aceito.
O começo foi mais fácil do que você esperava? O fato de tu ter marcado com o Paysandu em plena La Bombonera, um ano antes, ajudou a aliviar essa pressão inicial?
Sem dúvida. O próprio Bianchi me disse algo que ficou marcado: “Não é qualquer jogador que vem aqui na Bombonera e faz o que você fez”. Eu ainda era desconhecido, lógico, mas tinha esse “cartão de visitas”.
Após a apresentação, tu entrou no vestiário e deu de cara com o Maradona…
Normalmente sou um cara muito tranquilo, na minha. Mas Maradona, Pelé, são nossos ídolos. Senti um prazer muito grande de fazer parte da história do Boca, do próprio Maradona estar ali, e você ver com seus olhos que o cara é fora de série. Na época, ele já enfrentava aquele declínio físico, estava gordão mesmo (risos). E mesmo assim, com a canhotinha, fazia coisas que você não acredita, que não há como explicar. Só Deus para fazer um cara jogar daquela maneira, com a qualidade que ele tem. É a única explicação que consigo encontrar.
Teu grande jogo foi aquele 2 a 0 contra o River, no Monumental? Acho a segunda melhor atuação da sua carreira.
É algo que me impressiona até hoje. Foi um jogo em que tudo deu certo. Tudo! Os caras não conseguiram me parar. Depois desse dia, eu passei a ser um jogador muito mais respeitado na Argentina; em um River x Boca existe uma pressão absurda, nunca vi nada igual. Lá, por se tratar de um país onde o futebol é mais polarizado, a Argentina realmente para. Não é como aqui, um país de dimensões continentais, com rivalidades mais regionalizadas. Na semana do jogo, só se fala nele, onde você vai, as pessoas estão falando sobre o clássico. A pressão é fora do comum. Naquele dia o Monumental estava lotado, 70, quase 80 mil pessoas. Quando eu marquei, algo que nunca esqueço, foi nossa torcida cantando “Olé, olé, irmão do Pelé”. Para mim, rolou muita coisa bacana nesse jogo e depois dele fiquei muito mais à vontade. Um clássico tem esse poder, quando você vai bem, acaba caindo nas graças da torcida. E, em geral, acho que sempre tenho mais lembranças boas do que ruins de jogos importantes. Sempre senti que fui querido pelas torcidas dos clubes que passei.
O que o Bianchi tem de tão especial?
Não tem nada demais. E esse é o segredo dele. Ele é um cara sério, correto e extremamente honesto com os jogadores. Você não vê um indício de atrito no vestiário, você não vê discussão. Ele tem total domínio do grupo. É isso que prevalece. Ele não é um “professor pardal”, não existe isso. Você pode ser bom taticamente, mas se você não for bom em controlar egos não adianta nada, o cara simplesmente não vai fazer o que você está pedindo.
Boca x River ou Gre-Nal? Quais as diferenças entre eles?
Boca e River é maior no sentido de que você sempre, sempre pode esperar apoio de sua torcida. Não importa a situação em que o clube chegue no dia do jogo. Tu pode estar atolado que durante os 90 minutos, não importa o que aconteça, a torcida não te deixa na mão. Diferente da torcida brasileira. E é o torcedor brasileiro em geral, não falo de um clube específico. O brasileiro é mais impaciente. Se em 15 minutos você não fez nada, já está xingando (risos). Até absorvemos alguns elementos deles, como o estilo de torcer e até mesmo na estética da torcida. Mas ainda estamos longe nesse sentido de apoio durante o jogo.
Voltando um pouco no tempo, aquela Libertadores de 2003 pelo Paysandu foi incrível. O grande jogo foi aquele 1 x 0 na Bombonera. Parecia que estava tudo encaminhado, mas vocês perderam a volta. O que houve?
Estávamos preparados, nosso time estava bem, tudo perfeitamente organizado. Então foi o futebol, os 90 minutos. Foi uma partida em que falhamos muito e estávamos enfrentando uma equipe muito experiente, com jogadores acostumados a decisões. Diante das circunstâncias até fizemos um bom jogo mas, repito, erramos demais. Demos dois pênaltis, proporcionamos contra-ataques infantis, perdemos bolas bobas. Olhando o jogo em si, hoje você enxerga o que poderia ter feito diferente, mas é algo restrito aos 90 minutos. No “extra campo” não nos faltou nada. Assim como ganhamos fora de casa, poderíamos perder na nossa casa. E o Boca quando jogava fora era tão forte quanto na Bombonera. Até alertei para isso, mas infelizmente não conseguimos vencer. E, claro, foi o jogo da vida do Schelotto.
Se aquele Boca x River é  a tua segunda melhor atuação, Inter x Barcelona foi o grande jogo da tua vida, não é?
Sem dúvida! Sabe, aquela jogada vinha sendo trabalhada na minha cabeça desde o início do segundo tempo. E eu tinha consciência de que talvez só tivéssemos uma chance. Nós também já tínhamos percebido que o Fernandão não iria aguentar o jogo todo, estava extenuado, em seguida o próprio Pato já havia sido substituído. Mas em nenhum momento pensei em empatar para levar para os pênaltis, longe disso. Era nítido que o Barcelona retinha a bola de uma forma incrível, mas também podíamos sentir que eles não tinham tanta velocidade lá atrás. O Rafa Márquez e o Puyol, claro, eram zagueiros extremamente técnicos, mas não eram rápidos. E eu estava com uma explosão enorme, sentia que nós precisávamos apenas de um contra-ataque. Mas com a saída do Fernandão, complicou um pouco. Era o Fernandão, nosso capitão, então claro que pensamos “Caralho! Ferrou, saiu o Fernandão!”. Mas eu pensava “vou segurar a bola, prender ela o máximo que eu puder” porque, amigo, o Luiz Adriano é muito rápido. E o Gabiru dentro de campo tem uma inteligência sobrenatural. Acho que com ele Deus tirou tudo que ele podia ter fora de campo, e proporcionou para ele dentro das quatro linhas. Ele se desmarcava com uma facilidade, era fácil tabelar com ele. Quando ele entrou, ele disse que ficaria perto de mim, e pensei em usar o Luiz Adriano para ganharmos aquele jogo. O Índio rifa a bola, os moleques ganham no ar, e a bola cai no meu pé. No instante em que driblo o Puyol, vejo o Luiz do lado direito, arrancando. Só que ele estava muito aberto. A jogada com ele seria para um cruzamento, não para finalizar. E pra quê cruzar se não tínhamos o Fernandão na área? Eu estava esperando alguém chegar, ou na pior das hipóteses, tentar infiltrar e eu mesmo finalizar. Mas aí o Gabiru passou rápido, e naquela velocidade ninguém alcançaria ele. Não tive dúvida. Ele estava mais centralizado e eu acertei o passe. E o resto agora é história.
Ainda acho que tudo não se restringe a “apenas” uma ótima atuação: como tu mesmo disse, o Fernandão, diante de toda representatividade dele, tinha saído extenuado, o Pato, grande esperança da época, já havia sido substituído. Tu assume a braçadeira de capitão e além da jogada do gol, há outro lance que eu acho fundamental. No final do jogo, tu prende a bola por quase três minutos na linha lateral…
Precisava fazer aquilo, ninguém mais tinha perna (risos). Mas uma frase do Ronaldinho ainda está gravada na minha memória: “Tomem a bola! Vamos, o tempo está passando”. Ele grita para o Deco, que grita para o Beletti. E eles tentam falar para quem estava na jogada tomar a bola de qualquer forma. Tudo dava certo, eles não conseguiam e eu via o desespero nos olhos deles. E, olha, foi incrível!
Recordo de um bate-papo de vocês já prontos para o jogo. Tu fala e então o Fernandão diz algo como “Quem de nós vai ter outra chance de ser campeão do mundo? Esse pode ser o nosso auge”. Foi algo que não notei, por exemplo, no Inter de 2010 e no próprio Santos de 2011. Mas, por outro lado, o Corinthians de 2012 também tinha uma atmosfera parecida. A diferença em uma situação como essa é a vontade?
Me ajudou muito o fato de eu já ter estado lá com o Boca em 2003. De já ter vivido algo como aquilo. E o que isso me trouxe logo depois. Então, acho que conseguimos transmitir para eles que era uma oportunidade única na vida deles. Eu era um sortudo por estar voltando lá, mas é algo muito difícil ter outra oportunidade como aquela. E fechamos o grupo de uma maneira que motivação não faltou. Lógico, nada disso é fator determinante para você ganhar o jogo, mas o fato de você estar motivado e preocupado em fazer tudo correto na parte tática, estudar o adversário, faz com que suas chances aumentem. Em um partida “comum”, quando você vai entrar para o jogo, o treinador passa um pouquinho do adversário e você vai para partida. Naquele jogo, não. Estudamos horas e horas. Todos assistimos o jogo do Barcelona contra o América (MEX) uma infinidade de vezes. E ali foi um dos momento em que começamos a ganhar o título. O fato de nossa semifinal contra o Al-Ahly ter sido um jogo duro nos ajudou muito, porque o Barcelona achou que poderia encontrar algo parecido como contra o América (MEX). E eu tinha certeza que se a gente marcasse primeiro, não perderíamos aquele jogo, eles iriam sofrer para entrar na nossa defesa. E o momento em que nosso gol acontece, foi perfeito. Talvez se tivesse saído no primeiro tempo, teríamos sofrido mais, eles poderiam ter vido com tudo para cima.
Outro lance emblemático, quando o jogo ainda estava 0 x 0, é o momento em que o Índio e o Edinho sobem na mesma bola e então o Índio acaba fraturando o nariz. Mas mesmo assim volta instantes depois…
Em um jogo como aqueles, não tinha espaço nem para respirar. Na hora, todo mundo falou: “Vamos, Índio! Isso não é nada!”. E ele, guerreiro que como é, voltou – até porque o Fernandão estava sentindo. Essa é a grande diferença entre ser ou não campeão. Um cara como o Índio volta com o nariz estourado e hoje em dia tem moleque que fica fora por causa de “contratura muscular”.
Nós já falamos do Bianchi, mas e o Abel? Qual a importância dele naquele jogo?
O Abel foi 50% desse título. 50% do Abel e 50% nosso. Não tem como você diminuir a importância dele. O Abel é um treinador da velha guarda, mas que não tem problema nenhum em ouvir os jogadores, em trocar ideias. Tanto é que partiu do Fernandão propor a ele que adiantássemos a marcação no Motta para dificultar a saída de bola do Barcelona. Se os zagueiros saem tocando lá atrás e essa bola chega nos meias com qualidade, correríamos como bobos atrás deles. Então fizemos eles rifarem a bola, porque o Edinho e o Índio nunca iam perder na bola aérea.
Tu ainda mantém contato com alguém daquele grupo?
Com o Fernandão, o Clemer… O Alex e o Índio também. Com o Edinho ainda trocamos telefonemas quando surge a oportunidade. Mas, em geral, só com eles.
O que tu achou da forma como foi tratada essa última saída do Fernandão do Inter?
Fiquei triste, claro. Ele é uma pessoa com uma história enorme no clube. Então me senti tão triste como quando saí. No meu caso, eu sabia que o ciclo estava chegando ao fim, mas é preciso observar a maneira como você é tratado. Às vezes falta um pouco de tato, sabe? Você poderia ser chamado e te comunicarem o que está acontecendo, o que o clube está pensando. Fazer um jogo de despedida, talvez. E então você segue sua vida, sem problemas. Mas comigo não houve nada disso. Em um dia os caras falam que há jogadores jovens chegando. Mas e daí? Na minha época venderam o Pato, o Sóbis, o Luiz Adriano… Não somos empecilho para que jovens jogadores possam surgir. O que posso fazer, como acho que fiz com o Pato, é ajudar, dando conselhos, passando um pouco de experiência. Você não pode simplesmente dizer “tem outros caras surgindo e você tem que sair”. Esse tipo de justificativa não me serve. O Gabiru, por exemplo, não foi comunicado de nada. Um dia ele simplesmente foi colocado em uma lista de dispensa. O cara que fez o gol do título mais importante da história do clube, chega para treinar e vê seu nome em uma lista de dispensa. Sinceramente, não entendo o que acontece.
Hoje, como você está enxergando este seu retorno ao Papão após 10 anos? Quais ainda são seus objetivos como jogador?
A minha relação com o Paysandu é de gratidão extrema. Quando cheguei havia muita coisa que precisávamos melhorar e queria ajudar nesse processo. O time está precisando de ajuda, tentando resgatar nosso torcedor. Quero usar minha imagem justamente para isso, para auxiliar nesse processo. E como jogador, ainda me sinto importante, ainda tenho alegria para jogar e me divirto. E, bom, vou seguindo até onde der. Quando parar, posso assumir outra função. De repente, até auxiliar técnico, dirigente… Enfim, vou continuando. A minha meta agora é cumprir meu contrato até o final de 2013. Então no final do ano analisamos o que é melhor. Desde os 35 anos faço isso, contratos de um ano e em dezembro reflito sobre o que será melhor para minha carreira. Por enquanto vou seguindo… Quem sabe até os 50 (risos).
A foto é do site do Inter.

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