A festa estava armada. Na primeira partida do Brasil no Bento Freitas
depois de conquistar o acesso à Série C, mais motivos para alegrias e
comemorações. Na noite deste sábado (25), o time do técnico Rogério
Zimmermann enfrentou o time de melhor campanha da competição e ainda
invicto no torneio. Tantas credenciais foram sucumbidas diante de um
time empurrado por uma nação apaixonada e vibrante. No placar, um 3 a 1
que deixa o rubro-negro mais perto da vaga à final da Série D do
Campeonato Brasileiro. Rafael Forster, em dois golaços de falta, e
Chicão, de pênalti, marcaram para o Brasil. Bruno Batata descontou para o
Londrina.
O jogo que decide o finalista da Série D será no próximo sábado (1), às
19h, no estádio do Café, em Londrina. Com o resultado conquistado dentro
do Caldeirão, o Brasil pode até perder por um gol de diferença que fica
com a vaga e mantém o sonho de conquistar um título nacional em 2014,
coroando um trabalho histórico e incomparável.
Com a bola rolando, os dois times trocavam muitos passes e apresentavam
defesas bem armadas. Com a dificuldade de furar a barreira do Londrina
em jogadas tradicionais, Rafael Forster tratou de inventar um lance
diferente. Aos 13 minutos da etapa inicial, em uma falta na
intermediária, ele cobrou com força, a bola voou muito e foi cair no
ângulo direito de Vitor, sacudindo uma torcida que lotava as
arquibancadas de um estádio, mas que para a Maior e Mais Fiel é seu
templo. Brasil 1 a 0.
Chicão fechou o placar de pênalti aos 49 minutos do segundo tempo. Foto: Italo Santos
Na sequência, a torcida Xavante ficava cada vez mais ansiosa e
embravecida. Não com a atuação do time, mas sim com a forma que o
árbitro Edmundo Alves do Nascimento conduzia a partida. Marcando muitas
faltas para o Londrina e exagerando nas aplicações de cartões amarelos
aos jogadores rubro-negros, o homem da disciplina deixava o jogo cada
vez mais nervoso. E ele ganhou ares nada agradáveis quando, aos 35,
Lucas cruzou e Bruno Batata desviou de cabeça. Cirilo e Fernando Cardozo
tentaram tirar sobre a linha, mas o árbitro da partida correu para o
meio do campo. Tudo igual no Bento Freitas.
Aquilo que parecia não se repetir nesta noite, Rafael Forster tratou de
mostrar, mais um vez, que ele não quer ser um personagem comum dessa
história. Em uma falta frontal, mas na intermediária, ele ajeitou a bola
com carinho, olhou fixamente para o gol e, recebendo as mais positivas
vibrações vindas das arquibancadas, encheu o peito e mandou uma bomba,
pouco se importando para a barreira que teimava em caminhar, sem a
percepção do árbitro. A bola caprichosamente foi como um foguete, passou
por todo mundo e teve o seu destino: a rede do Londrina. A Maior e Mais
Fiel foi sacudida. Rafael Forster 2 a 1.
Ainda no primeiro tempo, Rafael Forster cruzou para a área, em uma falta
na esquerda de ataque, e Márcio Hahn, na segunda trave, cabeceou por
cima. A bola passou perto do travessão de Vitor.
Torcida Xavante fez a festa nas arquibancadas, e ao final do jogo
comemorou a grande vitória com os atletas rubro-negros. Foto: Italo
Santos
Na segunda etapa, os erros de Edmundo seguiam e o Brasil seguia não
dando bola para isso. Pressionou, defendeu, se fechou e não deixou de
atacar. Alex Amado enlouquecia na esquerda de ataque. Foster seguia com
perigo nas bolas paradas. Fernando Cardozo, Wender e Cirilo soberanos
nas zagas. Nunes sendo o soldado de sempre, assim como Washington jamais
deixou de ser um leão dentro do campo. Márcio Hahn comandando um
meio-campo e recebendo o apoio do ágil Felipe Garcia e Nena sendo o
terror das zagas adversárias. Para auxiliá-los, Brock, quase no final do
jogo, e a dupla do terceiro gol: Chicão e Márcio Jonatan.
Aos 12 minutos, Forster arriscou de longe e a bola foi para fora. Aos
13, foi Chicão quem cobrou escanteio pela esquerda, com perigo, e Nena,
no meio da área, cabeceou. A bola tirou tinta da trave esquerda de
Vitor. Aos 38, na primeira participação de Márcio Jonatan, ele correu
muito e surpreendeu o goleiro do Londrina, mas a bola passou tirando
tinta do travessão.
Rafael Forster, aos 40 minutos, cobrou falta com perigo e a zaga do
Londrina obrigou-se a mandar para escanteio. Aos 46, em uma confusão na
área, Márcio Jonatan e Washington quase marcaram, mas Vitor ficou com a
bola. Já aos 48, Márcio Jonatan conseguiu escrever seu nome na história
do jogo. Wender cobrou lateral para a área, a zaga do Londrina tentou
sair rápido e o jovem atacante, mais rápido que a luz, antecipou o
adversário e foi derrubado, pênalti para o Brasil.
Chicão, aos 49, bateu, com categoria, tirando do goleiro e fechando a
conta no Bento Freitas. Brasil 3 a 1 e muita festa da Maior e Mais Fiel.
Agora, o Xavante vai para o jogo decisivo no Paraná com boa vantagem
para avançar à final da competição. O jogo de volta está marcado para
próximo sábado (1), às 19h, no estádio do Café, em Londrina.
Site oficial do clube
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