Régis, zagueiro que teve a carreira encerrada por uma agressão, falou aos adolescentes
por André Baibich
Foto: Ricardo Duarte / Agencia RBS
O ar era pesado na sala anexa ao estádio Passo D'Areia. Jogadores sub-14 de Grêmio e Inter se misturavam nas mesas de quatro lugares, e ouviam atentos. Régis, o palestrante da tarde desta terça-feira, ex-jogador do Caxias que teve a carreira encerrada aos 21 anos e a vida ameaçada por um soco de Darzone, que defendia o Passo Fundo, já havia mostrado aos meninos o vídeo da agressão.
Gre-Nal Sub-14 acaba em briga generalizada e com jogador gremista agredido por preparador
Decidiu, então, fazer com que os rivais se encarassem, mas em circunstâncias bem diferentes da briga generalizada que tomou conta da final do Gauchão da categoria, no mês passado.
— Vamos lá, gurizada. Fica um jogador do Inter de frente para um do Grêmio!
Após briga, Grêmio e Inter propõem "autopunição" e são excluídos do Gauchão sub-14
Os protagonistas do episódio que resultou no pedido em conjunto dos dois clubes para que fossem eliminados do campeonato, dando o título ao Juventude, atenderam à ordem. Ao comando de Régis, contaram para o rival a sua frente qual era o sonho de sua vida.
— Tenho certeza de que todos vocês querem ser jogadores, querem jogar na Arena lotada, no Beira-Rio lotado. Pois era esse o meu sonho. E ele foi tirado de mim — disse o ex-jogador, hoje com 36 anos, com a voz já embargada.
Inter demite dois profissionais por envolvimento em briga no Gre-Nal sub-14
De pé, os adolescentes permaneciam em silêncio, os olhos arregalados em sinal de choque. Estava entregue a mensagem que Grêmio e Inter, organizadores da ação educativa, queriam passar.
Antes, ficara evidente o constrangimento dos dois lados. A delegação do Inter, que chegou ao local pouco antes das 16h, encontrou os jogadores gremistas já sentados. Após cumprimentos protocolares, os colorados se acomodaram, mas a separação ficou clara: de um lado da sala, apenas camisas vermelhas. Do outro, as pretas do uniforme de passeio do Grêmio.
Ao comando de dirigentes dos dois clubes, os atletas se misturaram, e começou a integração regada a refrigerante e alimentada pelo lanche da tarde. O gelo, que se quebraria definitivamente com o relato de Régis, começava a ceder.
Era o objetivo da Dupla, que se assustou com a agressividade dos meninos na confusão. A partir daí, decidiu pela "autopunição" e pelo evento que misturou os rivais. Nas semanas entre o incidente e a palestra desta terça, muita conversa para acalmar os ânimos e conscientizar os meninos da gravidade das agressões.
— A gente se conhece, tem amigos do outro lado. Se enfrenta várias vezes por ano. A rivalidade é sem violência, e tem que ficar dentro de campo - disse o menino Caio, meia do Grêmio.
— Gre-Nal é Gre-Nal, é um jogo sempre nervoso, mas não tem explicação fazer o que a gente fez. Essa palestra foi necessária - completou o atacante Pedro, do Inter.
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Decidiu, então, fazer com que os rivais se encarassem, mas em circunstâncias bem diferentes da briga generalizada que tomou conta da final do Gauchão da categoria, no mês passado.
— Vamos lá, gurizada. Fica um jogador do Inter de frente para um do Grêmio!
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Os protagonistas do episódio que resultou no pedido em conjunto dos dois clubes para que fossem eliminados do campeonato, dando o título ao Juventude, atenderam à ordem. Ao comando de Régis, contaram para o rival a sua frente qual era o sonho de sua vida.
— Tenho certeza de que todos vocês querem ser jogadores, querem jogar na Arena lotada, no Beira-Rio lotado. Pois era esse o meu sonho. E ele foi tirado de mim — disse o ex-jogador, hoje com 36 anos, com a voz já embargada.
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De pé, os adolescentes permaneciam em silêncio, os olhos arregalados em sinal de choque. Estava entregue a mensagem que Grêmio e Inter, organizadores da ação educativa, queriam passar.
Antes, ficara evidente o constrangimento dos dois lados. A delegação do Inter, que chegou ao local pouco antes das 16h, encontrou os jogadores gremistas já sentados. Após cumprimentos protocolares, os colorados se acomodaram, mas a separação ficou clara: de um lado da sala, apenas camisas vermelhas. Do outro, as pretas do uniforme de passeio do Grêmio.
Ao comando de dirigentes dos dois clubes, os atletas se misturaram, e começou a integração regada a refrigerante e alimentada pelo lanche da tarde. O gelo, que se quebraria definitivamente com o relato de Régis, começava a ceder.
Era o objetivo da Dupla, que se assustou com a agressividade dos meninos na confusão. A partir daí, decidiu pela "autopunição" e pelo evento que misturou os rivais. Nas semanas entre o incidente e a palestra desta terça, muita conversa para acalmar os ânimos e conscientizar os meninos da gravidade das agressões.
— A gente se conhece, tem amigos do outro lado. Se enfrenta várias vezes por ano. A rivalidade é sem violência, e tem que ficar dentro de campo - disse o menino Caio, meia do Grêmio.
— Gre-Nal é Gre-Nal, é um jogo sempre nervoso, mas não tem explicação fazer o que a gente fez. Essa palestra foi necessária - completou o atacante Pedro, do Inter.
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