sexta-feira, 19 de abril de 2019
Sonhos em preto e branco: como fui roupeiro do grande Santos de Pelé e logo após do Botafogo de Mané Garrincha.
Sempre fui pródigo em sonhos estranhos, mas o que vou contar agora acredito que ultrapassa tudo o que de mais estranho já sonhei. Sonhei que havia me tornado funcionário do grande Santos de Pelé, na Vila Belmiro. Roupeiro do clube. Como roupeiro convivia com os jogadores santistas, via os jogos, fazia parte da rotina do clube. Via a conhecia pessoalmente os grandes jogadores daquele time lendário. No clube havia um zelador, que abandonado pela mulher, vivia na sede do clube com seu filhinho de dez anos. Um menino clarinho, meio pálido, que também convivia com essa constelação de craques santistas. Infelizmente o menininho desenvolveu uma doença de pulmão, e apesar de até mesmo os jogadores do Santos terem contribuído para pagar ao menino os melhores médicos, não foi possível salva-lo. O menino padeceu como se fora envenenado pelo ar. Eu convivia com o pai e o menino e foi de grande tristeza para todos na Vila Belmiro o falecimento e funeral do piá. Todos os grandes do Santos estavam lá. Era 1962. Eu costumava visitar a noite o pai do menino e as vezes até pernoitava por lá. Vivíamos a luz de velas e lampião no alojamento do zelador. Eu notava que as velas eram enegrecidas e sua fumaçava era também mais escura. Perguntei ao pai: onde conseguiu essas velas? Ele respondeu: eu as fabrico eu mesmo, com parafina e algumas partes de asfalto. Descobri que a vela queima mais devagar e dura bem mais que as velas comuns. Derepente entendi tudo: tristemente o menininho havia sido envenenado pela engenhosidade do pai. As velas que os iluminavam à noite eram uma mortal mistura de parafina e derivados do petróleo. Logo em seguida o pai também adoeceu e faleceu. Acabei de acordar e não faço a mínima ideia se a história é crível. Se é possível tal mistura nas velas, ou se já houve alguma história assim na vida real. Não sei na verdade nem se existia asfalto na época e não tive tempo de pesquisar. Acordei e escrevi. Mas foi um sonho extremamente real e bem cabuloso.
Mas não acaba aí. Logo após tive outro sonho. Tive uma mudança profissional no mínimo inusitada. Troquei de emprego do Santos de Pelé para o Botafogo de Mané Garrincha. Lá exerci minhas funções de roupeiro e acompanhei outra tragédia: um jovem jogador que era uma promessa de craque para aquele grande time do Botafogo, sofreu uma seria lesão praticando lançamento de dardo, e perdeu a carreira no futebol devido a esta lesão. Também não sei se esta história é crível. Mas foi assim que sonhei. Caraca.
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Que bom que teu sonho pode ser partilhado conosco. ⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐
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