Argel no gramado do Beira-Rio junto ao vice-presidente de futebol Carlos Pellegrini (D)
e aos diretores Celso Chamun e Marcos Marino (E)
(fotos: Mariana Capra)
O Internacional apresentou oficialmente o seu novo técnico, Argel Fucks, no final da manhã desta sexta-feira, em entrevista coletiva no Beira-Rio. Depois de receber uma camisa do Clube com o número 3, uma alusão aos tempos em que atuou como zagueiro, o treinador falou sobre sua metodologia de trabalho e projetou os desafios que terá no comando do time colorado. Confira os principais trechos:
De volta ao Beira-Rio
"É um prazer muito grande voltar para esta casa onde tive o prazer de começar a minha carreira profissional. Morei cinco anos na concentração, embaixo das arquibancadas do Beira-Rio. Devo tudo que eu tenho no futebol ao Inter. Nunca me contrataram em uma situação tranquila. Gosto desta adrenalina. Este é o combustível da minha vida."
Pensamento jogo a jogo
"Vamos pensar jogo a jogo. Essa é a verdade. Esse é o nosso objetivo, o nosso foco. Não dá para planejar nada porque o campeonato está totalmente equilibrado. Se você vence duas partidas, é arremessado lá para cima. E quando se perde, se cai muito. Vamos colocar em campo sempre quem estiver melhor no momento. Não sou adepto do rodízio. O torcedor tem que ter na ponta da língua a escalação do Internacional. Não gosto muito de invenção. Tem que definir uma forma de jogar. Não vamos confundir muito a cabeça do jogador. O time que treina é o time que joga."
Dedicação para conquistar espaço
"No Inter não tem cadeira cativa para ninguém, se é mais famoso ou não. Vamos criar uma disputa sadia entre os jogadores. É a performance deles que irá mantê-los ou não no time titular. É tudo muito simples e direto. É olho no olho. Todo mundo tem que estar com a esperança de jogar, sabendo que tem um comandante que dará oportunidade. Precisamos ter uma time competitivo e copeiro. O Inter sempre foi assim na sua história. O futebol é muito nivelado, então é preciso ter muita intensidade e dedicação dentro de campo. Vamos treinar muito forte para buscar isso."
Argel expôs com clareza seus objetivos mais imediatos no Inter
Com o apoio da torcida
"Sei que o torcedor está chateado. Mas é o momento de dar um voto de confiança a este grupo de jogadores, à esta diretoria. O Inter já foi campeão esse ano, e há 25 dias era apontado com favorito. Ninguém desaprende a jogar futebol. Os jogadores que estão aqui têm qualidade, têm história no Clube. Vamos resgatar esses jogadores. Vamos blindar o vestiário e trabalhar mais, pois é isso que precisamos no momento. Contamos com o apoio da torcida. Ela pode ter certeza que terá um comandante cobrando pelo rendimento dos jogadores. Conheço a aldeia e sei como as coisas funcionam aqui em Porto Alegre."
Estilo de jogo
"Geralmente jogo gosto de começar em uma esquema 4-4-2, com dois volantes, dois meias, é uma esquema mais equilibrado e também te dá a oportunidade de poder mudar ao longo da partida. Precisamos de um time compacto, que todo mundo esteja atrás da bola quando estiver sendo atacacado. O que quero fazer agora é me adaptar o mais rápido possível às peças que tenho."
Confiança plena no capitão
"O D'Alessandro é um jogador da minha confiança. É um jogador diferenciado, pois não existe mais um camisa 10 assim no futebol brasileiro. Conto com ele. Ele é peça fundamental na equipe. É um líder. Gosto particularmente do perfil dele, pois é sanguíneo, um jogador que se indigna com a derrota. Isso é louvável no futebol.
Duelo com o Cruzeiro
"Pode ter certeza absoluta que vou estar na casamata no jogo contra o Cruzeiro. Temos dois treinos para montar a estratégia para esta partida. Conheço os jogadores. Já joguei contra o Inter e tenho a obrigação de saber como são as coisas no futebol. Acredito que já daremos uma boa resposta no domingo, no Mineirão."
Perfil
Argélico Fucks, 40 anos (4/9/1974), nascido em Santa Rosa-RS, atuou como zagueiro no Inter entre 1992 e 1995. Integrou o grupo campeão da Copa do Brasil, em 1992, e dos títulos gaúcho de 1992 e 1994. Em 2008 começou a carreira de treinador, passando por diversos clubes brasileiros (veja quadro abaixo), e desde julho de 2014 estava no Figueirense.
> Trajetória como treinador
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