sábado, 8 de abril de 2017

Esperança da torcida do Juventude no clássico deste domingo, lateral Pará é fundamental na bola parada


Aos 29 anos, jogador tem muito crédito porque foi decisivo no acesso à Série B no ano passado

Esperança da torcida do Juventude no clássico deste domingo, lateral Pará é fundamental na bola parada Felipe Nyland/Agencia RBS
Pará (E) é a válvula de escape do time e quem pode fazer a diferença no clássico Foto: Felipe Nyland / Agencia RBS
Adão Júnior
Adão Júnior
Dos 11 titulares do Juventude que vão tentar neste domingo acabar com a sina de derrotas no clássico Ca-Ju em 2017, um deles é emblemático para o time e a torcida desde o ano passado. Aos 29 anos, o lateral-esquerdo Pará é uma das esperanças para criar a jogada salvadora, cobrar a falta certeira, dar a assistência mortal e definir a vaga à semifinal do Gauchão. Pará é o cara que fez o cruzamento para o gol do acesso à Série B, de Hugo Almeida, no Castelão com mais de 40 mil pessoas. 
Pará é o cara que tem crédito quando o momento não é dos melhores. É em quem todos confiam e depositam suas fichas. É quem pode resgatar o orgulho ferido da papada contra o até aqui implacável rival.
— Não é um momento bom do time, mas também não é o pior. Fazendo a comparação com o ano passado, que foi ótimo, não é um bom começo. Mas temos tudo para reverter a situação neste domingo. E não tem essa de tentar, temos é que ganhar para classificar. E, ganhando, tenho certeza que as coisas vão começar a melhorar. Vamos entrar em campo com o espírito de vencedor — afirma o camisa 6.
Profissional Ponderado
Decisivo em 2016, Pará tem o que comemorar em 2017. Apesar da derrota de 2 a 1 para o Veranópolis, dia 5 de março, no Antônio David Farina, ele fez um golaço de falta. Garçom nato ao servir os companheiros em cruzamentos precisos, foi o primeiro gol dele com a camisa do Ju. Talvez seja indício de que algo melhor esteja por vir:
— O Caxias é uma equipe muito bem organizada, forte e nós não conseguimos furar o bloqueio deles em dois jogos. Então, vamos ter que fazer um jogo totalmente diferente dos dois anteriores. Estamos devendo no clássico, perdemos os dois até agora e temos que bolar algo diferente em termos de marcação ou criação para furar esse bloqueio.
Outras características de Erinaldo Santos Rabelo, natural de Rio Maria (PA), são o profissionalismo e a ponderação. Pará garante que não vai haver provocação se a classificação for conquistada na casa dos caras:
— Da nossa parte, ganhando e nos classificando, ninguém vai fazer nada porque aqui somos profissionais. Não que todos lá no Caxias não sejam profissionais, mas o que fizeram aqui não é digno de um atleta e tenho certeza que do grupo que eu faço parte ninguém vai responder na mesma moeda. Se tivermos que comemorar, vamos fazer respeitando o adversário. Desrespeitar algum familiar ou uma instituição não se deve fazer.
Muito menos cravar uma bandeira no meio do gramado do Centenário:
— Com certeza, não! Porque somos atletas profissionais e a gente nunca sabe o que pode acontecer amanhã.

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