segunda-feira, 11 de maio de 2020

O morro das lendas urbanas - Itacolomi











por Katterina Zandonai | Edição de imagens: Guilherme Klamt | Publicada em 05/07/2018 às 12h34| Atualizada em 26/07/2018 às 18h21



Na terceira reportagem da série Lugares - O Morro do Itacolomi como você nunca viu, que é a nova seção de O Melhor de Gravataí, a editoria de boas histórias do Seguinte:, conheça as lendas urbanas - e a história real - do Casarão do Morro. A sequência completa das matérias você também pode ler em nossa edição impressa, que já circula com 10 mil exemplares



O Morro Itacolomi é um lugar de muitos encantos, mas também de muitas histórias fantasiosas.

Construído no século passado, um casarão localizado em meio a vegetação é tema de histórias envolvendo supostas assombrações. Contos tão conhecidos entre os gravataienses que há quem tenha medo até hoje.

Você já ouviu falar que a casa foi construída por nazistas e na década de 80 abrigava um prostíbulo?

E que mais tarde passou a funcionar um manicômio onde muitas pessoas foram mortas?

Que existe ouro ainda enterrado por aquelas terras?

Com certeza você já escutou alguma dessas ‘lendas urbanas’. Caso contrário prepare-se para histórias malucas que se escondem por trás das árvores do maior morro da aldeia dos anjos.





: Os fundos do Casarão do Morro Itacolomi | Foto IGOR FERREIRA



Histórias da floresta



O Seguinte: vasculhou postagens sobre o Itacolomi em grupos de Facebook. Siga algumas das ‘lendas urbanas’.

“As janelas e portas batiam sozinhas, vozes e vultos podiam ser ouvidos da gigante casa em cima do morro”.





: Casarão do Morro Itacolomi tem uma sauna a céu aberto | Foto IGOR FERREIRA



“Construída em um ponto estratégico por dois alemães na época da 2° Guerra, o casarão foi utilizado como esconderijo. Após serem descobertos, sendo um morto e outro preso, o local se transformou em um bordel”.

“No espaçoso salão de festas eram promovidos animados bailes. Nos quartos e na sauna ao ar livre a orgia ia até o amanhecer. As garotas eram escolhidas a dedo na cidade, sequestradas e obrigadas a trabalhar dia e noite como escravas sexuais. As que desobedeciam os clientes, acabavam jogadas de cima dos penhascos e outras atiradas em um buraco atrás da casa em uma espécie de cova tapada com uma enorme pedra”.

“Com a venda da propriedade, os casos de desaparecimento de mulheres continuaram quando um médico comprou o terreno. Era no porão que o doutor retirava os órgãos delas ainda vivas, sem anestesia, para fazer seus experimentos. O forte cheiro de formol usado para conservar os corpos era sentido em todos os cômodos”.

“Não se tem relatos de sobreviventes, mas os empregados da família testemunharam quando em uma noite fria uma jovem roubou a chave do Ford Galaxy do médico e tentou escapar pela estrada no meio da mata. Sem sorte, o carro estragou, ela foi recapturada e torturada”.





: Galaxy há 20 anos no terreno. Não conseguimos descobrir o porquê | Foto CAMILLA SEIBERT



“A casa está vazia, das paredes sangue vertem, gritos podem ser ouvidos durante as noites e no terreno o automóvel pode ser encontrado no mesmo lugar em que a jovem foi vista com vida pela última vez.”

O que há de verdade nisso tudo? A casa existe, foi comprada por um médico e há um Galaxy
 abandonado no meio do mato. 





: Terreno tem até cascata | Foto IGOR FERREIRA



O morro tem dono



As histórias atiçam a imaginação da população.

- Eu acredito que esse local é amaldiçoado - relata uma vizinha do morro, Maria do Carmo Garcia.

Mas o professor de História Antônio Luiz Pereira garante que tudo não passa de lenda.

- O proprietário era um médico de Porto Alegre que faleceu e hoje quem mantém o sítio são os filhos. O terreno está cercado, vigiado por um caseiro e quem deseja conhecer necessita de autorização dos donos. A estrutura do casarão e suas mobílias permanecem bem preservadas.



LEIA TAMBÉM

LUGARES | O Morro Itacolomi como você nunca viu

LUGARES | O homem que conquistou o Morro do Itacolomi







Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem em destaque

Em cores - Esquadrão Progresso - paginas 1 a 10