quarta-feira, 13 de maio de 2020
Vitória: Símbolos e torcedores ilustres
Símbolos
Hino
O hino antigo do Vitória foi criado por Albino Castro e Vivaldo Jesuino de Souza e foi nomeado de "Mostra o teu valor". O clube também possui um segundo hino, este composto por Walter Queiroz, sendo o hino oficial do clube, conhecido como "Leão da Barra". O hino antigo foi substituído pelo atual em 1985, na gestão do então presidente, Raimundo Rocha Pires, quando o Vitória foi campeão baiano (nesse mesmo ano). Especula-se que esse hino foi lançado com o objetivo de conseguir recursos para a construção do parque poliesportivo do Vitória, já que, com o novo hino, foi gravado um vinil compacto para ser vendido. O Vitória lançou vários discos com os seus hinos (tanto o antigo, quanto o atual, em épocas diferentes) e outras músicas feitas em homenagem ao time. O primeiro foi gravado na década de 70, o segundo em 1983 e em 1985, com o título de "Esse hino vai levantar o estádio" foi lançado o vinil com o hino oficial, e em 2000, foi lançado um CD em comemoração aos 100 anos do clube só com artistas que torcem pelo clube, como Ivete Sangalo (que no CD interpreta o hino oficial), Daniela Mercury, Gilmelândia e Tatau. O hino oficial já foi também homenageado pelo ator Chico Anysio, em um vídeo gravado.[237] É frequentemente confundido com o hino antigo do clube (considerado não-oficial), apesar deste, atualmente, já ser considerado também um segundo hino alternativo.O primeiro hino (não-oficial)[238]
Letra: Albino Castro e Vivaldo Souza
Ano: desconhecido
“ Vitória, Vitória
Mostra o teu valor
No campo da luta
Tu é os melhor
No teu pavilhão
Tens feitos de Glória
Vitória, Vitória
Tu tens grande história
Somos torcedores de grande valor
somos rubro-negro
não temos temor
estamos contigo em qualquer lugar
Pois temos conquistas
na terra e no mar
Procura mostrar
Todo teu poder
Somos invencíveis
Não vamos temer
O teu pavilhão
Nós vamos erguer
Seremos Vitória até morrer ”
O segundo hino (oficial)[238]
Letra: Walter Queiroz
Ano: 1985
“ Eu sou Leão da Barra, tradição
Eu sou vermelho e preto.
Eu sou paixão
Pelos campos do Brasil
Nosso grito já se ouviu...
ô..ô..ô...Ô..ô..ô..
Ô Vitória!
Eu sou um nome na História
Eu sou Vitória com emoção.
Eu sou um grito de glória
Eu sou Vitória de coração.
ô..ô..ô...Ô..ô..ô..
Ô Vitória! ”
Cores
Suas cores são o vermelho e preto, motivo este que é chamado de Rubro-Negro. Inicialmente, as cores do Vitória seriam verde e amarelo, mas devido a dificuldade de encontrar materiais nessa cor, optou-se por adotar o branco e preto que foi usada na estreia do clube no futebol diante do International Sport Club. Posteriormente, passou a adotar o vermelho e preto, as cores atuais.
Escudo
O escudo atual do clube é de fácil identificação contendo as iniciais do clube e seu ano de fundação. Assemelha-se muito com o do Fluminense. O símbolo náutico, o antigo escudo do clube, foi criado em 1903 e fazia alusão aos esportes que o Vitória praticava até então. O destaque era o remo, o mais popular em Salvador e que organizava competições que literalmente paravam a cidade. As primeiras gerações de rubro-negros aprenderam a amar este símbolo que até hoje emociona a torcida.
O segundo escudo do clube foi nos moldes do atual, porém com diferenças, como o formato um pouco menos trabalhado e as iniciais "SCV", de Sport Club Victória. Esse escudo foi trocado em 1946 pelo atual, que ainda chegou a sofrer pequenas modificações, como o retiramento da linha branca no centro do escudo e a adição do ano de fundação sob o brasão do clube.
Mascote
O leão é o mascote oficial do Vitória.
Ver também: Lista de mascotes de futebol
O mascote do clube foi escolhido em 1902. O leão, símbolo da nobreza, saiu das casas dos fundadores, onde ornamentava as entradas, para representar o clube como símbolo. Até hoje carrega muito do que o clube é. O leão imperial, com traços de força e realeza, foi uma criação do publicitário baiano Nizan Guanaes.
O mascote-símbolo do clube foi apelidado de Lelê Leão e logo virou boneco visando atrair jovens torcedores para o Vitória.[239] O desenho do boneco foi criado pelo cartunista Ziraldo, autor de muitas obras famosas como O Menino Maluquinho.[240]
Uniformes
Ver artigo principal: Uniformes do Esporte Clube Vitória
Jogadores
1º - Camisa preta com listras verticais vermelhas, calção e meias pretas;
2º - Camisa branca, calção e meias brancas.
Primeiro
Segundo
Goleiros
1º - Camisa verde, calção e meias verdes;
2º - Camisa preta, calção e meias pretas;
3º - Camisa cinza, calção e meias cinzas.
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Estrutura e patrimônio
Estádio Manoel Barradas
Ver artigo principal: Estádio Manoel Barradas
O Barradão em 2011.
A construção do Estádio Manoel Barradas, o "Barradão", como é agora popularmente chamado, foi uma reviravolta na história do futebol baiano e, principalmente, do Esporte Clube Vitória.[23] A hegemonia no estado, que era do rival Bahia, passou para o lado rubro-negro, com as conquistas do Tetracampeonato nordestino (1997, 1999, 2003 e 2010) e do Bi-tetra baiano (em 2002, 2003, 2004 e 2005 e novamente em 2007, 2008, 2009 e 2010).[87][241][242]
“ Se existe a denominação antes e depois de Cristo, existe, para o Vitória, antes e depois do Barradão. ”
O estádio foi inaugurado em 11 de novembro de 1986, durante a gestão do presidente José Rocha,[244] sendo posteriormente ampliado na gestão do presidente Paulo Carneiro. Foi nessa segunda etapa que o Barradão ganhou sua iluminação, placar eletrônico e novo traçado das vias externas. O nome do estádio é uma homenagem ao ex-presidente do clube, o Sr. Manoel Barradas, que comandou pessoalmente as obras de construção.
Atualmente possui capacidade para 35 mil torcedores sentados, gramado com dimensões de 105 x 70 m, iluminação artificial de 750 lux horizontal, placar eletrônico, e um estacionamento com cerca de 2.500 vagas, tudo dentro dos padrões exigidos pela FIFA para sediar jogos internacionais. No lado externo, possui um total de três bilheterias que somam 23 guichês, além de dez portões de entrada, seis de saída e mais 50 catracas eletrônicas para ingresso no estádio.[21] Há também uma loja e um memorial oficial do clube.
Centro de Treinamento
Ver artigo principal: Complexo Esportivo Benedito Dourado da Luz
Até a década de 1970, os elencos que o Vitória tinha não tinham lugar fixo para treinos,[245] tendo a diretoria do clube que, habitualmente, pedir gentilmente locais emprestados para que seus jogadores pudessem treinar. Isso mudou quando, no mandato do então presidente Raimundo Rocha Pires, o clube comprou um terreno na chamada "Estrada Velha do Aeroporto" de Salvador, precisamente em 1972. Pouco tempo depois, foi cedido pela prefeitura da cidade um outro pedaço de terreno, no qual se construiria o Estádio do Barradão, anexo ao adquirido pelo clube.[246] Com o crescimento do Centro de Treinamento do Vitória, Canabrava, região carente da cidade, obteve notável desenvolvimento.
“ Conjuntos populares fazem a nova paisagem de Canabrava. Escolas foram edificadas, postos de gasolina abertos, supermercados inaugurados, com a geração de dezenas de empregos. A comunidade vive mais tranquila e feliz, mas ainda há necessidade de muito trabalho. ”
Complexo Esportivo Benedito Dourado da Luz[21]
Centro de Treinamento Manoel Pontes Tanajura, Estádio Manoel Barradas. Três campos oficiais para treinamento, todos nas dimensões de 105 x 70 m, prédio administrativo do futebol profissional, departamento médico e sala de musculação.Concentração do Futebol Profissional Vidigal Guimarães[21]
O espaço destinado aos atletas profissionais de futebol do Vitória foi inaugurado em 2001 e reformulado em 2013[247][248] possuindo uma área de aproximadamente 9.000m² e é equipado com:
Piscina térmica, com adaptação para regenerativo e reabilitação
Dez apartamentos triplos com suíte
Dois apartamentos duplos com suíte
Dois apartamentos duplos para comissão técnica com suíte
Casa da Administração
Casa com refeitório
Salão de jogos
Sala de vídeo, TV e som com climatização
Sala de leitura e biblioteca com climatização
Salão para preleção
Sala de administração
Business Center com ambiente de computação e internet
Restaurante com climatização e dois ambientes
Capela interna
Enfermaria para dois ocupantes
Lavanderia
Almoxarifado
Rouparia
Farmácia
Copa cozinhaConcentração de Futebol Amador Raimundo Rocha Pires[21]
Espaço destinado ao jogadores da divisão de base do clube. Foi totalmente reformulado. O nome dá-se ao ex-presidente do Vitória, Raimundo Rocha Pires. Atualmente moram cerca de 100 atletas na concentração.Sede Náutica Edgar Texeira
Localizada no bairro da Ribeira, na Avenida Men de Sá, 14, com 536m², conta com uma oficina de barcos e concentração dos atletas. É destino aos esportes náuticos do Vitória.
Torcida
Ver artigos principais: Lista das maiores torcidas de futebol do Brasil, Lista de torcidas organizadas do Esporte Clube Vitória e Públicos do Esporte Clube Vitória
A torcida rubro-negra lotando o Barradão, casa do clube desde 1986.
A torcida do Vitória representa hoje uma das 15 maiores do futebol brasileiro, com mais de 1% na maioria das pesquisas, o que representa cerca de dois milhões e quinhentos mil torcedores no país. É também a que mais cresce na Região Nordeste, especialmente entre os mais jovens e, segundo levantamento mais recente das maiores torcidas do Brasil, realizado pelo instituto Datafolha em dezembro de 2012,[44] possui a segunda maior torcida da Bahia, segunda maior do Nordeste, a 14ª maior torcida do Brasil e a oitava maior torcida jovem do país.
Tal crescimento é nítido nas arquibancadas. Entre os anos de 1995 e 2005, a média de público no Estádio do Barradão rodeava os 220 mil torcedores/ano. De 2006 até 2011, essa média mais do que dobrou, atingindo 500 mil torcedores ao ano. No mês de outubro de 2012, a torcida rubro-negra já havia superado os 400 mil pagantes somente neste ano.[249] Também em 2012, o clube obteve a melhor média de público dentre os 20 participantes da Série B, com cerca de 16.192 pagantes por jogo, número que o fez alcançar também o posto de nona melhor média dentre todos os clubes brasileiros no ano.[180]
Crescimento
Numa escala de crescimento da torcida do Vitória, destaca-se uma curva crescente entre o final da década de 1980 e meados da década de 2000, devido aos vários fatores que destacaram o clube no cenário baiano e nordestino neste período. Dentre eles, podemos citar a construção do Estádio Manoel Barradas, o Barradão, o vice-campeonato brasileiro em 1993 e a hegemonia de títulos estaduais – foram 16 em pouco mais de 20 anos, entre as edições de 1989 e 2010. Num âmbito regional, podem ser citados também os quatro títulos nordestinos em nove edições disputadas neste período: em 1997, 1999, 2003 e 2010.
Devido a tudo isto, é mais destacável o crescimento da torcida rubro-negra dentre os mais jovens.
Décadas de 1980 e 1990
Para se ter uma ideia, na primeira pesquisa sobre torcidas de futebol que se tem conhecimento, em meados de 1983, o Vitória, que vivia uma das piores fases de toda sua história, sequer apareceu nos registros, e da mesma forma foi nas pesquisas seguintes. Já em 1993, como citado acima, ano em que o "Leão da Barra" foi finalista do Campeonato Brasileiro, começava a se notar um leve crescimento no número de torcedores do clube. A partir daí, a torcida rubro-negra começava então a atingir sua maior curva crescente e, no ano de 1998, aparecia pela primeira vez em uma pesquisa realizada pelo IBOPE em parceria com o Lance!, e segundo ela, de cada treze torcedores do arquirrival Bahia, já existiam oito do Vitória, o que significava que a torcida do Bahia era 63% superior à do rubro-negro.[249]
Década de 2000 e atualidade
Em 2002, uma nova pesquisa, agora realizada pelo Datafolha em parceria com a Revista Placar praticamente confirma os dados obtidos pelo Ibope, registrando oito torcedores do Bahia para cada cinco do Vitória (cerca de 60% maior).[249] Alguns anos mais tarde, em uma outra pesquisa realizada pelo IBOPE em parceria com o Lance!, em meados de 2010, a evolução da torcida rubro-negra passava a tomar contornos interessantes. Segundo os dados obtidos, para cada quatro torcedores tricolores, agora existiam três rubro-negros, mostrando que a torcida do Bahia era 33% maior que a do Vitória.[249]
Em 20 março de 2012, agora segundo levantamento da empresa de consultoria Pluri, o Vitória ocupa a 15ª colocação dentre todas as torcidas do Brasil,[40][41][42][43] com cerca de dois milhões de torcedores, o que representa 1% no total da pesquisa. O crescimento é ainda maior no duelo Ba-Vi, visto que agora, para cada seis tricolores, existem cinco rubro-negros, fazendo a superioridade, que no início das contagens era de cerca de 60%, ser reduzida para 20%. Considerando-se apenas os dois rivais, o Bahia possui 54,5% da torcida, contra 45,5% do Vitória.[40]
Em outro levantamento, divulgado em 15 de dezembro de 2012 pelo Datafolha, o rubro-negro ocupa a 14ª posição dentre as maiores torcidas do país, com 1,11% do total de torcedores.[44] Numa junção de todos estes levantamentos mais recentes, entre 2010 e 2012, o Vitória possui entre dois milhões e trezentos e dois milhões e oitocentos mil torcedores em todo o Brasil.[40] No entanto, esse percentual diminuiu com uma pesquisa divulgada, pela Pluri Consultoria, em 26 março de 2013, na qual a torcida rubro-negra aparece na 15ª posição, com 0,8% do total de torcedores - 2,6% da região Nordeste -, diferença esta, dentro da margem de erro da pesquisa.[250] Em nova pesquisa realizada em junho de 2014 e divulgada em agosto pelo Datafolha coloca o rubro-negro na 13ª posição entre as maiores torcidas do país, com acréscimo de 1% do total do país.[251] No mesmo mês, a Lance! em parceria com a Ibope divulgou nova pesquisa, que coloca o rubro-negro, junto com o arquirrival Bahia, como as maiores torcidas do Norte-Nordeste do Brasil. O Vitória ocupa a 14ª posição, ou 1,3% do total, com mais de 2,6 milhões de torcedores.[252]
Associados
O Vitória mantém um plano de sócio-torcedor, chamado de "Sou Mais Vitória" (SMV),[253] na qual vem se consolidando como um importante apoio para a gestão do clube. O plano consiste-se em 3 categorias: "Plano Bronze", "Plano Prata" e "Plano Ouro". Os torcedores que optam por essas categorias têm diferentes preferências na compra de ingressos. Além disso, os torcedores têm descontos na compra de produtos oficiais na loja do clube e também há a possibilidade de participarem de promoções.[253][254] Recentemente, o clube divulgou que iria renovar seu plano de sócio-torcedor, trazendo mais vantagens e benefícios, visando a atrair mais torcedores. Estes seriam, novas formas de pagamento, adesão e renovação pela internet do plano, comunicação direta com o clube e com empresas parceiras, loja exclusiva do sócio, entre outros.[254][255] O Vitória fechou parceria com a empresa especializada MICROTAG para a administração do plano.
O Vitória possui hoje, o 18º maior programa sócio-torcedor do Brasil, com pouco mais de doze mil sócios.[256]
A cantora Ivete Sangalo é talvez a torcedora mais ilustre do clube, e costuma frequentar o Barradão.[257][258][259]
"Vitória na TV"
O "Vitória na TV" é um programa que mostra as principais informações do Vitória, bem como quadros especiais e imagens do clube ao torcedor.[260] É transmitido para toda a Bahia e, a partir de fevereiro de 2013, será transmitido para todo o Brasil, em parceria com a Globosat.[260] O Vitória foi um dos pioneiros a ter esse tipo de conteúdo exclusivo na televisão.
Torcedores ilustres
Entre os torcedores mais famosos do clube,[261][262] estão os cantores Ivete Sangalo,[257][258] Daniela Mercury, Pitty, Durval Lélys, Alinne Rosa, Compadre Washington, Pepeu Gomes, Emanuelle Araújo, Gilmelândia, Tatau, Xanddy, Léo Santana, Alexandre Peixe, Carla Perez e Carla Cristina; os atores Wagner Moura e Lázaro Ramos; a modelo Adriana Lima; a jornalista Ticiana Villas Boas; o pugilista Acelino "Popó" Freitas; o escritor João Ubaldo Ribeiro;[263] o cineasta José Araripe Júnior; o guerrilheiro e militante político Carlos Marighella (falecido em 1969);[264] os políticos Orlando Silva (ex-Ministro do Esporte), Antônio Imbassahy (deputado federal), João Henrique Carneiro (ex-prefeito de Salvador), seu pai João Durval Carneiro (ex-governador da Bahia) e Antônio Carlos Magalhães (também ex-governador, falecido em 2007), além de Fernando Baía, músico da banda Tihuana, que frequentemente vai ao seus shows com camisas do Vitória, além de ter o escudo do clube tatuado em seu braço.[265]
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