quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Xavante 1950, excursão pelas Américas





Em Quito, a delegação Xavante encontrou a Seleção Brasileira feminina de Basquete, que disputava o IV Sulamericano.



Com um misto de saudade de orgulho, os rubro-negros compareceram em massa para recepcionar a chegada dos heróis.



Equipe base: Suly, Tibirica, Seara, Odi, Oswaldo, Candiota, Gatinha, Negrito, Caisé, Joaquinzinho e João Borges.



Em Arequipa, na região sudoeste do Peru, o time rubro-negro aproveitou o vulcão Misti como paisagem de fundo.



No estádio Nacional da Costa Rica, o Embaixador do Brasil, Sr. Mário Guimarães, deu o ponta pé inicial da partida.


Em 1956 o GE Brasil partiu em uma excursão pelas Américas do Sul e Central, disputando amistosos em nove países diferentes. Porém, o que impulsionou essa maratona internacional de jogos foi uma gloriosa aventura rubro-negra em solo estrangeiro, que ocorreu alguns anos antes. Em 1950 o Xavante foi convidado para enfrentar a seleção uruguaia, que estava se preparando para a Copa do Mundo daquele ano. Os uruguaios chamaram o GE Brasil para que ele fosse uma espécie de sparring do selecionado celeste. Mal sabiam eles o que o time da Baixada iria aprontar em pleno estádio Centenário.


Tudo aconteceu no dia 19 de março. A equipe rubro-negra chegou ao país vizinho de carro motor, e escalada com Tibirica, Seara, Tavares, Dario, Taboa, Mortosa, Manuel, Darcy, Galego e Lombardini; venceu o Uruguai por 2 a 1 (gols de Mortosa e Darcy). No retorno a Pelotas, a delegação rubro-negra foi recebida com uma grande festa. Em uma das maiores manifestação populares vistas na cidade, comparada, inclusive, com a passagem do Presidente Getúlio Vargas, que havia visitado a região algumas semanas antes. Para engrandecer ainda mais o triunfo Xavante, quatro meses depois aquela mesma seleção uruguaia se sagrou campeã mundial ao bater a seleção canarinho na decisão da Copa do Mundo de 1950, no famoso Maracanaço.


Com o sucesso e a repercussão daquela vitória histórica, o GE Brasil passou a receber inúmeros convites para disputar amistosos em outros países, e em 1956 o clube iniciou uma excursão de mais de 100 dias pelas Américas. O time Xavante enfrentou grandes equipes do futebol sul e centro-americano, passou pelos mais diversos climas, encarou grandes altitudes, viagens cansativas e, por vezes, algumas comidas exóticas. No fim, o saldo foi extremamente positivo. Em 28 jogos disputados, foram 16 vitórias, 6 empates e 6 derrotas; 75 gols marcados e 50 sofridos.


A primeira partida da excursão foi realizada no dia 14 de julho, e o rubro-negro não se deu bem. Em Assunção, no Paraguai, o time pelotense perdeu para o Cerro Porteño, por 3 a 0. Entretanto, no dia seguinte, ainda na capital paraguaia, a equipe se recuperou ao vencer o Olímpia por 3 a 2. Aquela vitória acabou com uma imensa invencibilidade do Olímpia, que fazia 20 anos que não perdia para um clube estrangeiro e estava prestes a se tornar campeão nacional.


A segunda nação visitada foi a boliviana. Em Cochabamba, o Brasil venceu o Jorge Wilstermann, por 5 a 2. Na partida seguinte, a equipe do técnico Gastão Leal sofreu a única goleada na excursão pelas Américas, perdendo pelo placar de 8 a 2 para a Seleção de La Paz. Da Bolívia, o rubro-negro viajou até o Peru, onde disputou dois amistosos em Arequipa, vencendo o primeiro por 2 a 1, contra o Pierola; e empatando o segundo em 1 a 1, com o White Star. Já na cidade de Ica, o Brasil goleou o Octavio Espinoza por 6 a 2; na capital Lima, ficou em um 0 a 0 como Universitario; e em Chiclayo, a equipe Xavante acabou derrotada por 4 a 1, pelo José Pardo.


A quarta parada do time gaúcho, depois que quase um mês na estrada, foi no Equador. Naquele país o time da Baixada venceu o Valdez por 3 a 1, e empatou com o Emelec em 2 a 2, na cidade de Guayaquil. Já na capital Quito, fez 3 a 0 no España. Com os resultados, o Xavante acabou saindo invicto do solo equatoriano, rumo à Colômbia, onde jogou outras três partidas. Um empate em 0 a 0 com a Seleção do Valle del Cauca, em Cáli; uma golada de 4 a 0 no América, na mesma cidade; e uma derrota por 2 a 1, para o Nacional, em Medellín.


Após passar por Paraguai, Bolívia, Peru, Equador e Colômbia, o rubro-negro seguiu para a América Central. O primeiro país visitado foi o Panamá, e na primeira passagem o time obteve 100% de aproveitamento. Goleada por 5 a 1 em cima do Martell; e vitória por 3 a 2 sobre o Fastlich, ambas as partidas foram realizadas na Cidade do Panamá. Ainda na América Central, mas na cidade de San José, na Costa Rica, o Xavante encarou só pedreiras. Perdeu por 3 a 1 para o Alajuella, e por 1 a 0 para o Saprissa. Em Honduras, o Brasil começou com vitória apertada de 4 a 3 sobre o Olimpia, em Tegucigalpa. E depois, em San Pedro Sula, empatou em 1 a 1 com o Hibueras. Já a passagem por El Salvador foi marcada por três vitórias em três partidas: 5 a 3 no Atlante, 3 a 0 no Olimpia e 4 a 3 no Atlético Marte. Da capital San Salvador, a equipe brasileira regressou para a capital panamenha, para mais dois amistosos. Um passeio sobre o Fastlich, aplicando 6 a 1; e um empate em 4 a 4 com a Seleção do Panamá, na partida que encerrou a passagem vermelha e preta pela América Central.


A essa altura o time da Baixada já havia percorrido milhares de quilômetros. Contudo, antes de voltar para casa, o Xavante ainda disputou outras duas partidas na Colômbia. Vencendo o Libertad, em Barranquilla, por 1 a 0; e massacrando o Magdalena por 5 a 0, em Santa Marta, na cidade que marcou o fim da excursão do Grêmio Esportivo Brasil pelas Américas, no dia 24 de outubro de 1956.






Fonte: site oficial

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